Piracicaba está há sete anos sem registrar casos e óbitos pela febre amarela. Houve apenas um caso em 2017, que evoluiu para cura, e outro em 2018, cujo paciente veio a óbito. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde. Apesar de o município não ter registrado ainda nenhum caso positivo para febre amarela em 2025, a Secretaria de Saúde reforça a importância da vacinação da população, principalmente com a proximidade do Carnaval, período em que as pessoas costumam viajar e frequentar áreas de risco para a febre amarela.
Veja mais:
- “Alinhamento de planetas”: saiba como e onde ver fenômeno raro
- Alta oferta e baixa qualidade pressionam preços do feijão
- Bebê prematuro extremo celebra vida e avanço no desenvolvimento
Para receber o imunizante contra a febre amarela, conforme orientações do Ministério da Saúde, a população deve seguir os seguintes passos: crianças que iniciaram o esquema antes de cinco anos de idade devem receber duas doses da vacina, sendo a primeira dose aos nove meses e a segunda dose aos quatro anos de idade. Pessoas que iniciam o esquema depois dos cinco anos de idade devem receber uma única dose de vacina, por toda a vida; no entanto, caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina de febre amarela antes de completar cinco anos de idade, deverá receber um reforço.
Responsável pelo departamento de Imunização de Piracicaba, Cibele Reis explicou ser importante que as pessoas que vão se deslocar para áreas de mata, beira de rios, pesqueiros, fazer turismo ecológico, localidades de circulação viral conhecida, em humanos ou em macacos, verifiquem as carteiras de vacinação antes da viagem. "Se não houver registro da vacina de febre amarela, precisam se vacinar com dez dias de antecedência da viagem para melhor proteção", afirmou.
A vacina está disponível nas unidades de saúde do município (UBS e USF), das 8 às 15h, exceto UBS Paulista, sem a necessidade de agendamento. A pessoa deverá levar um documento de identificação com foto que tenha o número do CPF ou cartão SUS e a caderneta de vacinação (caso possua). O endereço com todas as unidades de vacinação estão disponíveis no site: https://abrir.link/UBQbV.
A DOENÇA
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Ae. aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes.
No ciclo silvestre, os primatas não humanos (PNHs) – macacos, por exemplo – são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental.
É uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, todo evento suspeito (tanto morte de primatas não-humanos, quanto casos humanos com sintomatologia compatível) deve ser prontamente comunicado/notificado, em até 24 horas após a suspeita inicial, às autoridades locais competentes.
A orientação é que, caso a pessoa encontre um macaco morto, não toque no animal nem o enterre; evite que crianças, outros animais e curiosos se aproximem; comunique o CCZ pelo telefone (19) 3427-2400 e aguarde um técnico do serviço de saúde.