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Sinal que aparece ao dormir indica risco de demência no futuro

Por Will Baldine | Jornal de Piracicaba |
| Tempo de leitura: 2 min
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A pesquisa sugere que esses sonhos intensos podem ser um indicativo precoce de declínio cognitivo
A pesquisa sugere que esses sonhos intensos podem ser um indicativo precoce de declínio cognitivo

Pesadelos frequentes podem estar relacionados ao aumento do risco de demência no futuro, conforme um estudo conduzido por pesquisadores do Imperial College London. A pesquisa sugere que esses sonhos intensos podem ser um indicativo precoce de declínio cognitivo.

Saiba Mais:

Principais descobertas

Os pesquisadores analisaram adultos saudáveis de meia-idade e observaram que aqueles que relatam pesadelos semanais apresentam quatro vezes mais chances de sofrer um declínio cognitivo nos 10 anos seguintes em comparação com os que não enfrentam esse problema. O mesmo padrão foi identificado entre adultos mais velhos, com o risco de demência sendo duas vezes maior entre os que experienciam pesadelos.

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Um aspecto central da pesquisa é que essa relação permanece consistente mesmo quando fatores genéticos, como histórico familiar e biomarcadores, são considerados. Isso indica que os pesadelos, e não os fatores hereditários, podem ser um elemento importante nesse processo.

Pesadelos e declínio cognitivo

Embora a relação entre pesadelos e declínio cognitivo ainda não seja completamente compreendida, algumas hipóteses têm sido levantadas. Pesadelos podem ser um sintoma de transtorno comportamental do sono REM (fase do sono caracterizada por movimentos rápidos dos olhos). Esse transtorno, segundo especialistas, pode anteceder a demência por vários anos e está frequentemente associado a sonhos angustiantes.

Outra possibilidade é que os pesadelos afetem a qualidade do sono, impactando negativamente a saúde cerebral. Estudos anteriores indicam que a fragmentação do sono entre os 30 e 40 anos pode dobrar o risco de problemas de memória e cognição uma década depois.

Embora as evidências sugiram uma conexão entre pesadelos e o risco de demência, é importante destacar que ter pesadelos não significa necessariamente que a pessoa desenvolverá a doença. Eles funcionam, na verdade, como um alerta que deve ser acompanhado de outros sinais e sintomas.

Próximos passos e cuidados

Os pesquisadores afirmam que mais estudos são necessários para aprofundar o entendimento sobre a relação entre pesadelos, transtornos do sono e declínio cognitivo. A realização de exames específicos pode ajudar a esclarecer essa conexão.

Em relação à prevenção, uma boa higiene do sono é essencial. Evitar o uso de eletrônicos antes de dormir, manter uma rotina regular de sono e criar um ambiente calmo no quarto são práticas que podem melhorar a qualidade do descanso.

Caso os pesadelos persistam, é recomendado buscar orientação médica. Profissionais podem avaliar se há um transtorno do sono e propor tratamentos para aliviar os sintomas.

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