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Com rotina pesada de treinos, maratonista se prepara para desafio

Por Erivan Monteiro | erivan.monteiro@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 3 min
Claudinho Coradini/JP
Jabá durante treino em Piracicaba: força e foco no desafio
Jabá durante treino em Piracicaba: força e foco no desafio

Com foco no desafio do Polo Norte que fará a partir do dia 27 de fevereiro, quando terá de correr uma prova de 620 km em, no máximo 9 dias, o ultramaratonista baiano e radicado em Piracicaba, Joilson da Silva Ferreira, o Jabá, de 52 anos, segue em ritmo frenético de preparação.

Em sua rotina, Jabá treina sete dias por semana; faz musculação seis dias por semana; bike duas vezes a cada sete dias, com duração de uma hora; 'escada' duas vezes por semana (uma hora por dia) e uma média de 160 km por semana de corrida – nesta reta final reduziu para entre 100 e 120 km.

“Isso incluindo treinos com corridas arrastando pneu e uma vez na semana 10 km de corrida em quadra de areia”, destacou.

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Os treinos acontecem em espaços variados de Piracicaba e região para dar mais resistência ao atleta. Entre os locais estão o quadrado ao lado do CLQ da Reserva Jequitibá; e a Serra de Charqueada, onde encara muitas subidas. Jabá treina também na estrada de terra de Piracicaba em direção a Tanquinho.

As sessões pesadas de trabalho visam terminar bem a prova, que será especificamente no Território de Yucon, no Canadá. A chegada é no Território do Norte, bem próximo ao Oceano Ártico.

O experiente competidor está há quase um ano em preparação específica para esse desafio – começou em março de 2024. Com isso, ele pretende “pulverizar” o prazo de nove dias e finalizar a prova o mais rápido possível, em seis ou sete dias. “Quero fazer uma média de 85 a 90 km por dia”, destacou Jabá, que é formado em Educação Física.

Segundo o superatleta, o ambiente em torno de todo o trajeto da prova é extremo e de muitos perigos. “Podemos perder algum membro ou até mesmo sofrer risco de morte”, destacou o atleta.

“Somos preparados para lidar com o ambiente, mas não devemos brincar com a Natureza”, ensina. “Ali não aceita erro, primeiramente muito respeito, uma super preparação e sempre aberto para ouvir os mais experientes; é a prova mais ventosa, mais fria do planeta”, declarou Jabá.

30 ANOS

Em mais de 30 anos de vida esportiva, Jabá está desde 2010 disputando ultramaratonas. Neste tempo, os maiores desafios que já participou foi a Copa do Mundo de Ultramarathon; o Brasil 135 milhas na Serra da Mantiqueira e o Badwater no Valle da Morte, em Nevada, nos Estados Unidos - o deserto mais antigo do mundo, com temperatura média de 64 graus e 135 milhas.

Outros grandes desafios do piracicabano foram o Arrowhead no Gelo, nos Estados Unidos - desafio a menos -40 graus e 135 milhas; o La Misión, nas Cordilheiras dos Andes, com 160 km na Região dos Lagos e altimetria mais de 8000.

“Em 2018, fui campeão na prova do Alaska. Essa prova fazia dois anos que ninguém concluía a prova e fomos campeões nela”, destacou o atleta, que mora no Bairro Santa Rosa.

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