O Governo Federal está avaliando opções para conter a alta dos preços dos alimentos e evitar um impacto negativo significativo no orçamento dos brasileiros. Essa preocupação foi expressa pelo presidente Lula (PT) durante uma reunião ministerial realizada nesta semana. Uma das possíveis ações para possibilitar essa diminuição seria a redução das alíquotas de importação de produtos cujos preços no Brasil estão muito superiores aos praticados no mercado internacional.
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Em entrevista ao Jornal de Piracicaba, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o Plano Safra 2025, que disponibiliza linhas de crédito, incentivos e políticas voltadas aos produtores rurais, pode ser uma medida importante para ajudar na redução dos preços.
“Nós mudamos, no último Plano, a lógica dos juros, os reduzindo para a produção dos alimentos da cesta básica. Com isso, quando ocorreu o aumento da inflação dos alimentos, esse fenômeno não impactou os produtos in natura. Ele afetou principalmente os alimentos processados, como carne, café, açúcar e derivados de soja e milho. Agora, nosso objetivo é estender essa medida ao médio produtor, oferecendo juros menores para a produção dos alimentos que compõem a cesta básica”, comentou Teixeira.
A conversa com a reportagem ocorreu, nesta sexta-feira (31), durante 1º Encontro Regional do Programa de Formação em ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural), na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), campus da USP em Piracicaba.
De acordo com o ministro, a queda do dólar, fechando a R$ 5,85, na quinta-feira (30), por exemplo, também deve ser outro fator para redução dos preços dos alimentos. “O horizonte mais otimista que podemos destacar é a queda do dólar, que estava elevado e era um dos responsáveis pelo aumento dos preços dos alimentos exportados. Além disso, o ciclo pecuário, conhecido como ciclo do boi, chegou ao fim, o que deve resultar em um aumento na produção”, destacou. “Nós precisamos adotar todas as medidas necessárias para garantir que os alimentos cheguem de forma acessível à mesa do consumidor”, destacou Teixeira.
