
O São Paulo deve ao XV de Piracicaba, desde novembro de 2024, a segunda parcela referente à venda do zagueiro Lucas Beraldo ao PSG, há cerca de um ano. O valor devido é de aproximadamente R$ 5 milhões. Por enquanto, a direção do Alvinegro Piracicabano segue em compasso de espera, mas o departamento jurídico do clube não descarta até levar o caso à Fifa, se for necessário.
O zagueiro Beraldo é piracicabano e começou sua trajetória no futebol atuando nas categorias de formação do Nhô Quim. Posteriormente, ele foi para o clube paulistano, onde se destacou, ganhou a titularidade e foi campeão da Copa do Brasil de 2023, sob o comando do técnico Dorival Júnior, atual comandante da Seleção Brasileira.
O seu talento e liderança chamaram a atenção dos franceses, que compraram o garoto por cerca de 20 milhões de euros – R$ 107 milhões à época. Desse montante, cerca de R$ 15 milhões ficaria com o Alvinegro, que ainda tinha 20% dos direitos federativos do atleta.
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No acordo entre as partes – XV e São Paulo -, ficou combinado de que o time do Morumbi pagaria o Alvinegro em três parcelas – de aproximadamente R$ 5 milhões cada. A primeira foi quitada em maio de 2024; já a segunda parcela era para ser paga em novembro do ano passado, ou seja, a dívida entrou no segundo mês. A terceira parcela só vencerá em novembro deste ano.
O débito tem deixado a diretoria quinzista irritada, pois contava com essa verba para investir na equipe e honrar os compromissos do dia a dia do clube. “Não recebemos ainda e precisamos receber. Existem algumas questões jurídicas que estão sendo alinhadas com o São Paulo”, declarou o presidente do XV, Matheus Bonassi.
O mandatário ponderou que, por hora, o Nhô Quim segue em compasso de espera, acreditando no bom relacionamento que tem com a diretoria do Tricolor. “O XV de Piracicaba está atento nos movimentos e pode até entrar sim com processo na Fifa. Não que nós vamos entrar”, declarou o presidente do Alvinegro Piracicabano.
Contactada via assessoria de imprensa nesta quarta-feira (15), a diretoria do São Paulo não respondeu aos questionamentos do Jornal de Piracicaba até o fechamento desta reportagem.