DISPUTA DE PODER

Guerra entre PCC e bando na região de Piracicaba: o que se sabe

Por Da Redação | Jornal de Piracicaba
| Tempo de leitura: 2 min
Onda de crimes e vingança, além de briga por controle no tráfico de drogas e armas, tomam conta de cidade da região
Onda de crimes e vingança, além de briga por controle no tráfico de drogas e armas, tomam conta de cidade da região

Uma intensa disputa pelo controle do tráfico de drogas transformou a cidade de Rio Claro, na RMP (Região Metropolitana de Piracicaba) em palco de violência extrema. O embate entre o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Bando do Magrelo já resultou em dezenas de mortes, com episódios recentes expondo a gravidade do conflito.

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Nos últimos 14 dias, seis membros do PCC foram assassinados em retaliação à morte de Daniel de Paula Sobrinho, cabeleireiro e amigo próximo de Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, líder da quadrilha regional. Considerado "como família" por Magrelo, Daniel foi morto a tiros em seu salão, no último dia 23, desencadeando uma série de execuções atribuídas ao bando rival.

Entre as vítimas recentes estão Gabriel Lima Cardoso, Marcelo Henrique Ferreira, José Cláudio Martins Nunes e Israel Henrique Francisco, mortos em uma emboscada filmada por câmeras de segurança. Quatro atiradores desembarcaram de um Fiat Mobi branco, acompanhados de um batedor em moto, e dispararam cerca de 15 tiros. Israel chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu.

Dois outros assassinatos ocorreram no sábado (7/12). Arthur Henrique Curilla Garcia, 32, e Marco Aurélio Almeida da Cruz, 34, foram executados com 15 e 10 tiros, respectivamente. No local, foram encontradas 42 cápsulas deflagradas, incluindo munições de fuzil.

Apesar de preso desde 2022, Magrelo segue comandando suas operações, apontam investigações. Ele já é acusado de pelo menos 30 mortes, além das recentes execuções. Fontes policiais relatam que Magrelo se autodenomina “o novo Marcola”, em referência ao líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo destacou a gravidade dos ataques, afirmando que os crimes “colocam tristes holofotes na cidade”. Enquanto a violência persiste, nenhuma prisão foi realizada até o momento. As informações são do portal Metrópoles.

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