OLIMPÍADAS

Descubra como o Brasil se tornou uma potência olímpica

Por Ana Laura França | ana.laura@jpjornal.com.br |
| Tempo de leitura: 3 min
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Desde a estreia do Brasil nas Olimpíadas em 1920, na Antuérpia, a participação de atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos tem evoluído de maneira significativa. Naquela edição, a delegação brasileira contou com apenas 19 atletas, competindo em quatro modalidades: tiro esportivo, remo, natação e polo aquático. O Brasil conquistou suas primeiras medalhas olímpicas naquele ano, sendo uma de ouro com Guilherme Paraense no tiro esportivo, uma de prata com Afrânio da Costa, também no tiro, e uma de bronze na disputa por equipes da mesma modalidade.

Ao longo das décadas, o Brasil aumentou sua presença nas Olimpíadas, tanto em número de atletas quanto de modalidades disputadas. Em 1948, nos Jogos de Londres, o Brasil obteve um de seus momentos mais marcantes, com a primeira medalha olímpica em esportes coletivos, o bronze no basquete masculino. Nos Jogos de Helsinque, em 1952, Adhemar Ferreira da Silva se destacou ao conquistar a primeira medalha de ouro do Brasil no atletismo, no salto triplo. Ele repetiu o feito em 1956, em Melbourne, consolidando-se como um dos grandes nomes do esporte brasileiro.

O Brasil também tem uma tradição significativa no futebol masculino. A primeira medalha olímpica do país na modalidade veio em 1984, com a prata em Los Angeles. A primeira medalha de ouro no futebol chegou apenas em 2016, quando o Brasil sediou os Jogos no Rio de Janeiro. A vitória da seleção masculina foi um dos momentos mais celebrados da história olímpica do país, especialmente após as decepções em edições anteriores.

Nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, o Brasil alcançou um marco ao conquistar cinco medalhas de ouro, o maior número até então. Entre os destaques, estão os títulos de Robert Scheidt na vela, do voleibol de praia masculino com Ricardo e Emanuel, e do judoca Aurélio Miguel. Quatro anos depois, em Pequim, o país repetiu o desempenho em número de ouros e conquistou 15 medalhas no total.

Os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, marcaram outro recorde para o Brasil, que alcançou 17 medalhas, sendo três de ouro. Nesta edição, o país brilhou em modalidades como o judô, com Sarah Menezes conquistando o primeiro ouro feminino na modalidade, e o boxe, onde Esquiva Falcão e Adriana Araújo garantiram medalhas inéditas para o Brasil.

No Rio de Janeiro, em 2016, o Brasil registrou sua melhor performance em termos de medalhas. O país conquistou 19 medalhas, incluindo sete de ouro. Destaque para o judoca Rafaela Silva, o atleta Isaquias Queiroz na canoagem, e as seleções de futebol e vôlei, que alcançaram o topo do pódio em casa. A edição também ficou marcada pela ampla participação do Brasil em diversas modalidades, refletindo o investimento no esporte nacional nos anos que antecederam os jogos.

Em Tóquio, em 2021, o Brasil manteve seu crescimento, alcançando 21 medalhas, sendo sete de ouro. A performance brasileira destacou-se em modalidades como o boxe, com a conquista do ouro por Hebert Conceição e Bia Ferreira, e na ginástica artística, com Rebeca Andrade, que conquistou a primeira medalha olímpica da história do Brasil na modalidade, incluindo um ouro no salto.

Ao longo dos anos, o Brasil acumulou um total de 150 medalhas olímpicas até os Jogos de Tóquio, em 2021, sendo 37 de ouro, 42 de prata e 71 de bronze. A trajetória dos atletas brasileiros nas Olimpíadas reflete o crescimento do esporte no país e o esforço contínuo para melhorar o desempenho em competições internacionais, destacando o Brasil como uma força emergente no cenário esportivo mundial.

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