EDUCAÇÃO

'Vergonha', diz Bebel sobre aprovação de escolas cívico-militares

Por Roberto Gardinalli | roberto.gardinalli@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação

Foi aprovado na última terça-feira (21) por 54 votos favoráveis contra 21 contrários o Projeto de Lei Complementar do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que cria o programa de escolas cívico-militares no estado de São Paulo. A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) foi palco de um confronto entre estudantes que manifestaram contra o projeto e a Polícia Militar após a aprovação do projeto.

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Para a segunda presidente da Apeoesp, a deputada estadual piracicabana Professora Bebel (PT), a aprovação do projeto “mais uma vez cobriu de vergonha o parlamento paulista”. Contrária à proposta, a parlamentar afirmou que as escolas cívico-militares tem como objetivo “formatar a as mentes de nossas crianças e jovens”. “Transformar escolas regulares em escolas cívico-militares com recursos da educação, pagando salários superiores aos de professores para militares aposentados, pretendendo formatar as mentes de nossas crianças e jovens de acordo com o pensamento único do militarismo, é um crime que se comete contra os direitos educacionais da nossa juventude”, afirmou.

CONFRONTO
Estudantes contrários à propositura invadiram o plenário da Alesp após a aprovação do projeto. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o momento do confronto, em que policiais utilizam cassetetes, escudos e spray de pimenta. Além disso, houve confronto nos corredores da Alesp. Ao menos seis manifestantes foram detidos.

Para Bebel, “é intolerável que estudantes e outras pessoas que se opõem a esse projeto inconstitucional sejam tratados sob cassetetes e spray de pimenta. Esta é a casa do povo, mas o povo não pode se manifestar. Tivemos sete estudantes feridos e seis detidos. A todo momento me coloquei entre a tropa de choque e os estudantes para garantir a integridade física dos manifestantes”, afirmou a deputada. Mesmo aprovado, a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) informou que busca na Justiça a suspensão do projeto.

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