CONTOS

Recheado de contos, escritor de Piracicaba lança ‘Mantenha fora do Alcance das Crianças'

Composto por microcontos, livro de Marcelo Oriani desperta variadas sensações nos leitores

Por Roberto Gardinalli | 22/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
roberto.gardinalli@jpjornal.com.br

Divulgação

O escritor piracicabano Marcelo Oriani lançou o livro “Mantenha Fora do Alcance das Crianças: Um Livro Poeticamente Incorreto”, uma obra composta por microcontos que exploram diversas sensações entre os leitores. A obra está à venda pelo site da editora Laranja Original, e possui 112 páginas.

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Nos textos, o Oriani mostra os pensamentos de contos, aforismos e anedotas em diversas faces-capítulos que, segundo a descrição do livro, são como “uma fotografia 3x4”, em que , “somos convidados a chegar mais perto, a dar zoom em histórias que nos levam a biografias do outro que podem a qualquer momento ser nossas”. Para o autor, o formato dos textos em microcontos expressam a capacidade de dizer muito com pouco. “Acho que, inicialmente – e à primeira vista é o que está mais aparente – é essa capacidade de dizer muito com pouco. De usar na frase só as palavras necessárias para vestir a ideia. Como se a roupa em excesso encobrisse a gente de conseguir enxergar o corpo da ideia”, disse.

Nesse “enxergar o corpo da ideia” surge a escrita do autor piracicabano, que, primeiro, vem como uma imagem, que é transformada em palavras. “A escrita em mim sempre começa pela imagem. Eu acho que o ato da escrita está diretamente associado ao ato de ver. Não é à toa que a palavra “escrever” possui dentro dela a palavra “ver”. Escrever é verbalizar o olhar”, completou.

E apesar do formato característico da obra, Marcelo Oriani afirma que a expressão apenas pela escrita, ainda mais quando se trata de uma expressão por um microconto, é muito difícil. “É muito difícil conseguir se expressar por completo unicamente pela escrita. A comunicação completa engloba algo que só a palavra não contempla. Falta à palavra a capacidade de transmitir o tom da voz de quem diz, o ritmo das palavras, as hesitações da fala, os silêncios, as pausas para retomada de ar”, disse.

“Eu acharia triste se uma vida inteira coubesse dentro de 140 caracteres. Nesse sentido eu acho que a gente tem que querer morar sempre dentro de uma história de novecentas páginas pra mais. E alcançar uns instantes de microconto, que é essa coisa de conseguir estar inteiro onde estiver naquele instante. E, por aquele instante, ter a consciência de que as demais páginas valeram a pena. Mesmo que não tenham dito nem acrescentado nada”, finalizou.

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