ECONOMIA

Dia da Indústria: Piracicaba cresce em empregos e exportações

Por Nani Camargo |
| Tempo de leitura: 3 min
Alessandro Maschio/JP
Mesmo com economia desacelerada, Piracicaba se destaca
Mesmo com economia desacelerada, Piracicaba se destaca

Os números de Piracicaba, em termos econômicos, são positivos. Por isso, no Dia da Indústria, comemorado nesta quinta-feira (25), entidades celebram a data com entusiasmo. Não sem aguardar por medidas governamentais urgentes para acelerar a economia.

O JP pediu um levantamento ao Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de SP) Piracicaba. Sobre as exportações, o quadrimestre deste ano foi positivo na regional. Teve um crescimento de 22,6%, passando dos US$ 865,1 milhões do ano passado para os atuais US$ 1.060,6 bilhão. A regional é composta por 8 cidades: Piracicaba, Aguas de S. Pedro, São Pedro, Santa Maria da Serra, Charqueada, Laranjal Paulista, Rio das Pedras e Saltinho. "Os principais produtos exportados foram máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (63,7%), veículos automóveis, tratores (9%) e bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres (6,8%)", explica Homero Scarso, gerente regional. No período analisado, os principais destinos das exportações de Piracicaba foram Estados Unidos (39,7%), México (8,6%) e Países Baixos (Holanda) (4,6%).

Já as importações somaram US$ 951,7 milhões, o que significa uma queda de 4,4% frente ao mesmo período do ano passado, que foi de US$ 995,8 milhões. "Por outro lado, as importações da regional se concentraram em máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (48,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,7%) e veículos automóveis, tratores (13,1%). As compras da regional tiveram como principais origens Estados Unidos (32%), Coreia do Sul (23%) e China (11,9%)", detalha Scarso.

Ele aponta que outro ponto importante é a diferença entre exportações de US$ 1.060,6 bilhão menos importações de US$ 951,7 milhões, "resultando num saldo positivo de US$ 108,9 milhões no quadrimestre".

EMPREGO

Com relação as contratações e desligamentos no período de janeiro a março de 2023, somente de Piracicaba, foi registrado um saldo positivo de 2.527, comparado ao mesmo período de 2022, onde o resultado foi de 2.324 - uma diferença positiva de 203 postos relativos aos setores: Agropecuária, Indústria, Construção, Comércio e Serviços.

Sobre políticas públicas para fomentar a economia, o JP questionou o Ciesp sobre o Arcabouço Fiscal, aprovado na terça-feira (23) pela Câmara dos Deputados. "Com o novo marco fiscal, o governo pretende zerar o déficit público da União em 2024, obter um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 e de 1% em 2026. Para dar sustentação a esse arcabouço, porém, é preciso encontrar receitas entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões. Resumidamente, o marco fiscal limita o crescimento das despesas a 70% da variação da receita federal. Dentro desse percentual, haverá um piso e um teto para o aumento real (descontada a inflação) dos gastos. Esta banda crescimento dos gastos ficará entre 0,6% e 2,5%", avalia Scarso.

O gerente regional cita prudência. "Temos que tomar cuidado para que o setor industrial que já paga impostos demais com relação a outros segmentos, não venha mais uma vez a ser prejudicado; outro ponto importante é uma redução da taxa de juros para poder destravar novos investimentos por parte do empresariado e também para melhorar o poder de compra de boa parte da população que adquire a prazo bens duráveis e outros itens financiados".

Para Scarso, uma "receita básica" deve ser seguida pelo governo federal. "O importante é sempre gastar menos do que se arrecada, embora pareça simples, tem sido um esforço enorme em todas as oportunidades e tentativas de mudanças. Esperamos que mais uma vez possamos estar no melhor caminho, pois o País precisa seguir em frente diante de tantos desafios internos e externos", finaliza.

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