Requerimentos
Aproveitando o fato de ter maioria na Câmara de São José dos Campos, a base aliada ao governo Anderson Farias (PSD) conseguiu rejeitar nessa terça-feira (12) um total de três requerimentos da oposição que cobravam informações da Prefeitura.
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A favor
Dos 21 vereadores, sete votaram a favor dos três requerimentos: Amélia Naomi (PT), Anderson Senna (PL), Carlos Abranches (Cidadania), Fernando Petiti (PSDB), Juliana Fraga (PT), Sérgio Camargo (PL) e Thomaz Henrique (PL). Todos esses parlamentares são da oposição.
Contra
Outros 12 vereadores votaram contra um dos requerimentos: Claudio Apolinário (PSD), Fabião Zagueiro (PSD), Gilson Campos (PRD), Lino Bispo (PL), Marcão da Academia (PSD), Marcelo Garcia (PRD), Milton Vieira Filho (Republicanos), Rafael Pascucci (PSD), Roberto Chagas (PL), Rogério do Acasem (PP), Sidney Campos (PSDB) e Zé Luis (PSD). Renato Santiago (União) estava ausente. O presidente da Câmara, Roberto do Eleven (PSD), que também é da base governista, votaria apenas em caso de empate.
Mudança
Como OVALE mostrou em julho, dois vereadores que eram da oposição no primeiro semestre - Lino Bispo e Roberto Chagas - passaram a integrar a base governista a partir do segundo semestre. Desde o fim do recesso, Lino e Chagas têm votado a favor apenas dos requerimentos dos parlamentares do PL, que é o partido deles.
Imóveis
No primeiro requerimento, Carlos Abranches solicitava informações sobre a destinação dos imóveis da União localizados em São José. O texto foi rejeitado por 12 a 7.
Espera
No segundo requerimento, Sérgio Camargo pedia informações sobre a lista de espera para tratamento de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). O texto foi rejeitado por 10 a 9 - Lino e Chagas votaram a favor.
Aparelho
No terceiro requerimento, Sérgio pedia informações sobre a lista de espera por aparelhos auditivos. O texto foi rejeitado por 10 a 9 - Lino e Chagas votaram a favor.
Blindagem
A rejeição de requerimentos é uma forma de blindar o governo Anderson, já que esse tipo de documento deve ser respondido obrigatoriamente em 15 dias quando aprovado em plenário. Com a rejeição, a Prefeitura não é obrigada a responder à Câmara.
Balanço
Apenas em 2023, a base aliada ao governo Anderson na Câmara barrou 182 requerimentos que cobravam informações da Prefeitura. Em 2024, a blindagem deixou de ser adotada a partir de agosto, quando a oposição passou a ter mais cadeiras. No início de 2025, com a bancada governista retomando a maioria, a manobra voltou a ser aplicada.