TRANSPORTE PÚBLICO

‘Dia D’ pode aprovar greve de ônibus em SJC, Taubaté e Jacareí

Por Jesse Nascimento | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Claudio Vieira/PMSJC
Transporte público em São José dos Campos
Transporte público em São José dos Campos

Assembleias nesta quarta-feira (25) vão definir se o transporte coletivo será paralisado em São José dos Campos, Jacareí e Taubaté. As três cidades atendem cerca de 350 mil passageiros por dia.

Os encontros reunirão motoristas, cobradores e demais trabalhadores das garagens, segundo informou Ronaldo Costa, presidente do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba.

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Os trabalhadores estão em estado de greve desde 13 de junho, após rejeitarem uma proposta feita pelas empresas de transporte coletivo. Segundo o sindicato, uma nova proposta foi entregue na última sexta-feira (21), “nos 45 minutos do segundo tempo”.

A assembleia decisiva ocorrerá na sede e nas subsedes do sindicato em dois turnos: 10h e 15h30. “Se a proposta for reprovada, aí automaticamente a gente já volta com o decreto da greve. A partir disso, em 72 horas o transporte coletivo para por tempo indeterminado”, explicou Costa.

As empresas de ônibus defendem negociação para evitar greve no Vale (ver aqui).

O presidente do sindicato explicou o motivo de as assembleias não ocorrerem na porta das garagens, como normalmente em situações de impasse mais crítico.

“A gente só iria para a porta da garagem se não houvesse proposta. Mas como há uma proposta, ainda que insuficiente, temos o dever de apresentar aos trabalhadores dentro da estrutura do sindicato, para garantir a participação de todos os turnos e evitar atrasos na saída dos ônibus”, afirmou.

O conteúdo da proposta das empresas não foi revelado pelo sindicato. Costa afirmou que os detalhes serão discutidos exclusivamente com a categoria durante a assembleia, mas adiantou que houve evolução.

“Do que a gente tinha para o que temos hoje, avançou. Mas falta uma pitadinha de sal ainda. Se eles melhorarem um pouco mais, há chance de aprovação e de encerrarmos a campanha salarial na quarta-feira”, avaliou.

O sindicato reforçou que, até o momento, o transporte público segue operando normalmente, sem atrasos ou paralisações. Isso porque a categoria está apenas em estado de greve, um alerta oficial às empresas e ao poder público de que pode haver interrupção do serviço.

“Decretar greve é outra etapa. A partir do decreto, são 72 horas para o transporte parar. Estamos tentando resolver sem chegar a esse ponto. O nosso intuito não é parar, é negociar”, declarou. “Queremos resolver sem greve. Mas hoje estamos numa situação que não temos outra saída se a proposta não avançar. A categoria merece respeito, reajuste, valorização dos benefícios e condições dignas de trabalho", completou Costa.

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