TRANSPORTE PÚBLICO

Empresas de ônibus defendem negociação para evitar greve no Vale

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Claudio Vieira/PMSJC
Passageiros do transporte público em São José dos Campos
Passageiros do transporte público em São José dos Campos

Após os trabalhadores de ônibus aprovarem estado de greve nas três maiores cidades do Vale do Paraíba, a Busvale (Associação Valeparaibana das Empresas de Transportes de Passageiros) defendeu a negociação como “melhor caminho para manter a operação do transporte público nas cidades de São José dos Campos, Taubaté e Jacareí, protegendo assim os milhares de usuários que dependem do serviço diariamente”.

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Em comunicado, a entidade disse que “permanece aberta ao diálogo e às tratativas da campanha salarial 2024/2025, processo que, até o momento, vem ocorrendo de forma positiva”. E completou dizendo que “qualquer paralisação do sistema, neste contexto, será recebida com surpresa”.

Trabalhadores aprovaram estado de greve no dia 13 de junho e aguardaram até a última sexta-feira (20) por uma proposta considerada convincente pela categoria. “Se não houver proposta cabível de aprovação em assembleia, o transporte pode parar nas três cidades”, disse o presidente do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, Ronaldo Costa.

A proposta patronal, que foi rejeitada pelos trabalhadores, incluía 5,50% de reajuste salarial (5,32% de reposição inflacionária + 0,18% de ganho real) e 4,5% de reajuste nos benefícios.

A Busvale disse que o índice de reajuste proposto pelas empresas representadas pela associação mantém o salário nominal da categoria na RMVale como “o mais alto do país”. “Nos dois últimos ciclos (2023/2024), foi concedido um aumento real de 2%, além da reposição integral da inflação”, disse a entidade.

“Esses dados reforçam o compromisso da Busvale com o diálogo, a valorização dos profissionais e a construção de consensos que assegurem o funcionamento do transporte coletivo”, afirmou a associação.

Foram realizadas quatro rodadas de negociação entre o sindicato e as empresas, todas sem acordo. As tratativas envolvem as empresas Saenz Penha, Joseense e Maringá (São José dos Campos), JTU (Jacareí) e TAU (Taubaté).

“Paralisação não é boa para ninguém, nem para os trabalhadores, nem para a população, mas sem proposta justa não há outro caminho”, disse Costa.

No dia 19, o presidente do sindicato gravou uma mensagem pública reafirmando o prazo final de 20 de junho para o recebimento de uma contraproposta viável por parte das empresas. Não houve avanços e a paralisação poderá ser formalmente decretada, dentro dos prazos legais de comunicação.

Nova assembleia deverá ser convocada para deliberar sobre a deflagração da greve, que poderá ser iniciada já nos próximos dias, cumprindo os trâmites legais exigidos.

Caso a greve seja efetivada, cerca de 350 mil passageiros que utilizam diariamente o transporte coletivo nas três maiores cidades do Vale do Paraíba poderão ser diretamente afetados.

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