
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro afirmou que um erro no exame inicial levou Kathelen Tavares a acreditar que estava esperando gêmeos. O caso, que gerou comoção e levou a mãe a registrar denúncia na Polícia Civil, está sob investigação.
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O secretário Daniel Soranz esclareceu que a primeira ultrassonografia de Kathelen apresentou equívoco na interpretação do saco gestacional e dos batimentos fetais.
Para reforçar que a gestação era de um único bebê, a placenta retirada no parto foi encaminhada para perícia.
Expectativa e angústia
Kathelen, que já é mãe de gêmeas, vinha realizando o pré-natal normalmente e, ao longo da gestação, todos os exames indicavam a presença de dois fetos: batimentos e tamanhos dos fêmures eram distintos, disse a mãe em entrevista à TV Globo.
O parto estava previsto para o sábado (29), mas a bolsa estourou na sexta-feira (28), levando a jovem ao Hospital Municipal Mariska Ribeiro, em Bangu. Sem que parentes pudessem acompanhá-la, Kathelen foi submetida à cesariana sozinha.
O prontuário do hospital registra a gestação gemelar, assim como a Declaração de Nascido Vivo entregue à família.
Investigação em andamento
A 34ª DP de Bangu conduz as investigações e já solicitou documentos hospitalares e imagens das câmeras de segurança. O diretor da unidade foi intimado a prestar depoimento, e Kathelen será ouvida novamente.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que houve erro no primeiro ultrassom, mas que todo o procedimento seguiu os protocolos médicos. A família busca esclarecer as contradições apontadas nos exames anteriores e obter respostas sobre o que aconteceu.