
Uma professora do 2º ano do ensino médio de São José dos Campos foi denunciada por falas homofóbicas durante uma aula na Escola Estadual João Cursino, no Jardim São Dimas, região central da cidade.
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O caso ocorreu no dia 24 de março, quando o denunciante, um aluno de 17 anos, levou um exercício até a docente para correção.
Segundo o relato da mãe do estudante, registrado em boletim de ocorrência, a professora teria dito ao adolescente para não falar com “voz de viado” e feito perguntas constrangedoras sobre sua vida íntima na frente da turma, como “você é ativo ou passivo?”, “vai mudar de nome e virar mulher?”, “sua família aceita isso?”, e afirmou ainda que “isso de ser gay é loucura”.
A mãe disse que o filho, que é homossexual, ficou abalado com a situação e procurou a direção da escola, mas, segundo a denúncia, nenhuma providência foi tomada pela gestão da unidade de ensino.
“Meu filho está muito abalado e horrorizado pelo crime ter sido cometido por uma professora que deveria ser exemplo em sala de aula”, disse a mãe, segundo o boletim de ocorrência.
O caso foi registrado como possível crime de injúria e, como se trata de uma ação de natureza privada, a vítima foi orientada a procurar a Defensoria Pública ou um advogado para apresentar uma queixa formal na Justiça.
Além disso, a responsável foi orientada a registrar a ocorrência também junto ao Governo do Estado, por meio do site da Secretaria da Justiça e Cidadania, onde podem ser solicitadas medidas administrativas com base na Lei Estadual nº 10.948/01, que pune atos de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero.
A reportagem tentou contato com a direção da escola que se recusou a comentar sobre o assunto. Também não conseguimos contato com a defesa da professora citada na denúncia.
Procurada, a Secretaria Estadual de Educação ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.