ÔNIBUS ELÉTRICOS

No alvo do MP, sistema de ônibus começa em setembro, diz Anderson

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Xandu Alves/OVALE
Anderson Farias (centro) apresenta o novo transporte de São José
Anderson Farias (centro) apresenta o novo transporte de São José

O novo sistema de transporte público de São José dos Campos começará a sair do papel em setembro de 2025, quando entram em operação os primeiros 20 ônibus elétricos fornecidos pela Green Energy S.A., que venceu a licitação. É o que promete a prefeitura. O sistema é alvo de questionamento do Ministério Público (leia aqui).

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O contrato prevê o fornecimento de 400 ônibus elétricos que serão alugados pela Urbam (Urbanizadora Municipal), empresa ligada à Prefeitura de São José dos Campos. Assinado no dia 7 de março, o contrato prevê que a empresa receberá R$ 2,718 bilhões ao longo dos 15 anos.

De acordo com a prefeitura, os novos veículos entram em operação de forma escalonada até setembro de 2026, quando todos os 400 ônibus deverão estar circulando na cidade. Serão 20 novos ônibus elétricos em setembro de 2025, mais 60 em janeiro de 2026, 120 em maio e 200 em setembro do próximo ano, totalizando 400 veículos.

Anderson Farias (PSD), prefeito de São José dos Campos, garantiu que o novo sistema não terá aumento de tarifa e que o custo do subsidio pago pela prefeitura será menor, caindo de uma média de até R$ 7 milhões por mês para entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões. O novo sistema terá o subsídio pago pela prefeitura em forma de fornecimento de energia elétrica.

Energia elétrica.

No período de transição entre os sistemas, a cidade terá ônibus elétricos e os abastecidos com diesel circulando simultaneamente. A primeira região a receber os novos veículos elétricos será a sul, por já possuir uma estação para carregamento dos ônibus e ser a mais adensada do município.

O novo sistema de transporte público contará com oito pátios de carregamento para os veículos elétricos, distribuídos por todas as regiões da cidade. Segundo a prefeitura, elas serão implantadas conforme o sistema for recebendo novos ônibus.

Em apresentação do sistema na tarde desta terça-feira (18), no Paço Municipal, Anderson disse que a distribuição dos pátios de carregamento foi definida em parceria com a EDP, principal distribuidora de energia elétrica da região.

Os pátios terão energia elétrica para os veículos, que serão abastecidos principalmente durante a madrugada, quando a demanda por energia cai e o preço fica mais barato, o que pode diminuir os custos do sistema de transporte. Em pleno funcionamento, o novo sistema de transporte demandará 3,2 MW/h de energia elétrica.

Anderson explicou que serão quatro as fontes de energia elétrica que abastecerão o sistema de transporte: fazenda fotovoltaica em Cachoeira Paulista, da qual a prefeitura contratou 3,5 MW/h com 25% de desconto e por 25 anos; usina geradora de biogás no aterro de São José (1,7 MW/h); compra de energia no mercado livre e o fornecimento da EDP, caso seja necessário.

“Os pontos em todas as regiões da cidade com pátio de carregamento trarão economia para o sistema, e ainda não precisaremos de alta tensão. Já fizemos um estudo com a EDP e tudo será por média tensão, isso faz cair o custo de operação. O carregamento fora do horário de pico também, além de que precisaremos de carregadores de média tensão para alimentar esses ônibus”, afirmou Anderson.

O prefeito disse que o estudo feito com a EDP, por três anos, dá consistência à distribuição do carregamento do sistema de ônibus elétricos para evitar problemas de falta de energia e de queda do fornecimento para os cidadãos, em razão do uso maior para os veículos.

“As cidades que enfrentam problemas é porque não conseguiram dimensionar a distribuição. Estamos há 3 anos conversando com a EDP. Todos os locais e estações foram estudados pela EDP, com a questão de alta e baixa tensão. Risco de termos errado é menos de 1%. Fizemos esse estudo em parceria com a EDP. Risco de errarmos é quase nulo e trabalhamos com folga para o sistema novo”, disse Anderson em resposta a OVALE, na entrevista coletiva após a apresentação do novo sistema.

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