ESCOLAS INTERDITADAS

Câmara terá audiência para debater interdição do antigo Saad

Por Sessão Extra | Taubaté
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/PMT
Apesar da interdição, parte dos alunos continuam a estudar na unidade
Apesar da interdição, parte dos alunos continuam a estudar na unidade

Audiência
A Câmara de Taubaté deve promover no próximo dia 26 uma audiência pública para debater a interdição no complexo Jardim dos Estados, que é formado por duas escolas municipais que funcionam no prédio do antigo Colégio Saad, que foi adquirido pelo município por R$ 21,9 milhões em dezembro de 2021, no primeiro ano do governo do ex-prefeito José Saud (PP).

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Requerimento
Apresentado pelo vereador Moises Pirulito (PL), o pedido de audiência foi aprovado por unanimidade na sessão dessa terça-feira (11). No requerimento, o parlamentar afirma que foi procurado "por vários pais" que "estão preocupados com a situação dos alunos".

Interdição
Nos dias 4 e 5 desse mês, a Prefeitura anunciou a interdição total do prédio da escola de educação infantil (EMEI Professora Marilda Prado Yamamoto) e a interdição parcial da escola de ensino fundamental (EMEF Aldeeira Sophia de Faria Rosa Martins Ferreira). Com isso, alunos do infantil e parte dos estudantes do fundamental serão realocados em outras escolas. A preocupação citada pelo vereador é dos pais dos alunos que continuarão no complexo Jardim dos Estados. A Prefeitura alega que esses estudantes ficarão em áreas que, segundo a Defesa Civil, não apresentam risco.

Saad
Em dezembro de 2021, o governo Saud comprou o antigo Colégio Saad, uma escola particular que iria encerrar as atividades. A aquisição foi feita para garantir que a Prefeitura de Taubaté atingiria, naquele ano, o percentual mínimo de aplicação de 25% da receita na área da educação. A compra custou R$ 21,933 milhões e, depois, o município ainda gastou mais R$ 3,44 milhões para a implantação de cozinha e refeitório no local.

Escolas
Inicialmente, Saud afirmou que iria transferir para o prédio a Escola Municipal Professor José Ezequiel de Souza. Mas, como os pais dos alunos do Ezequiel rejeitaram a mudança - o Ezequiel e o antigo Saad ficam a cinco quilômetros de distância -, a Prefeitura recuou e implantou no Saad uma nova unidade de educação infantil e outra de ensino fundamental.

Ação
Desde julho de 2024, por entender que a compra do imóvel foi feita sem interesse público e com sobrepreço de R$ 3,475 milhões, o Ministério Público move uma ação de improbidade administrativa contra Saud e os antigos proprietários do colégio.

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