
Após reivindicação de pais de alunos, a Prefeitura de Taubaté ampliou nessa quarta-feira (5) a interdição no complexo Jardim dos Estados, que é formado por duas escolas municipais que funcionam no prédio do antigo Colégio Saad, que foi adquirido pelo município por R$ 21,9 milhões em dezembro de 2021, no primeiro ano do governo do ex-prefeito José Saud (PP).
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp
Inicialmente, na terça-feira (4), a Prefeitura havia anunciado a interdição total do prédio da escola de educação infantil (EMEI Professora Marilda Prado Yamamoto) e a interdição parcial da escola de ensino fundamental (EMEF Aldeeira Sophia de Faria Rosa Martins Ferreira), que teve seu primeiro pavimento parcialmente interditado, com o fechamento emergencial do piso superior.
Nessa quarta-feira, mais quatro salas de aula foram isoladas. "As novas ações implementadas ultrapassam as recomendações técnicas iniciais. Mesmo áreas que não apresentaram riscos imediatos no laudo da Defesa Civil receberão isolamento preventivo. O perímetro de proteção foi ampliado para garantir uma margem extra de segurança, atendendo às solicitações apresentadas pelos pais", explicou a Prefeitura.
O ano letivo na rede municipal terá início nessa quinta-feira (6). Alunos das duas unidades serão realocados em outras escolas. A Prefeitura informou, no entanto, que parte dos estudantes continuará no complexo Jardim dos Estados, nos blocos em que o laudo da Defesa Civil não apontou risco.
Saad.
Em dezembro de 2021, o governo Saud comprou o antigo Colégio Saad, uma escola particular que iria encerrar as atividades. A aquisição foi feita para garantir que a Prefeitura de Taubaté atingiria, naquele ano, o percentual mínimo de aplicação de 25% da receita na área da educação. A compra custou R$ 21,933 milhões e, depois, o município ainda gastou mais R$ 3,44 milhões para a implantação de cozinha e refeitório no local.
Inicialmente, Saud afirmou que iria transferir para o prédio a Escola Municipal Professor José Ezequiel de Souza. Mas, como os pais dos alunos do Ezequiel rejeitaram a mudança - o Ezequiel e o antigo Saad ficam a cinco quilômetros de distância -, a Prefeitura recuou e implantou no Saad uma nova unidade de educação infantil e outra de ensino fundamental.
Desde julho de 2024, por entender que a compra do imóvel foi feita sem interesse público e com sobrepreço de R$ 3,475 milhões, o Ministério Público move uma ação de improbidade administrativa contra Saud e os antigos proprietários do colégio.
Comentários
1 Comentários
-
Bidubilli 06/02/2025Como assim o presídio parcialmente interditada mas não comprou com seguro e como que fica os 24 milhões gasto não sabia que o prédio esta condenado e os engenheiros que tem na prefeitura