VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Governo contrata seguranças e psicólogos para escolas estaduais

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Repórter Especial
Reprodução
Cenas de brigas em escola estadual de São José
Cenas de brigas em escola estadual de São José

A Secretaria de Educação de São Paulo contratou 1.000 seguranças e 600 psicólogos para atuar em escolas estaduais com altos índices de violência, incluindo cidades do Vale do Paraíba. As unidades estão em áreas consideradas vulneráveis.

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A informação foi confirmada pelo secretário estadual da Educação, Renato Feder, em entrevista exclusiva a OVALE.

Segundo ele, as escolas mais “críticas” receberam de um a dois seguranças, que vão todos os dias às unidades para fazer a vigilância. Segundo Feder, eles também podem evitar brigas entre estudantes e a ação de traficantes nas escolas.

“Eles estão ali justamente para essa questão. Em algumas comunidades, mais vulneráveis e críticas, esses são temas importantes”, disse o secretário.

No começo de maio deste ano, vídeos obtidos com exclusividade por OVALE mostram jovens estudantes envolvendo-se em diversas brigas dentro e fora de uma escola estadual de São José dos Campos, transformada em uma espécie de ‘clube da luta’. As cenas impactam pela agressividade dos adolescentes, sejam meninos ou meninas.

O caso gerou uma investigação por parte da Diju (Delegacia de Infância e Juventude) de São José e na identificação dos “brigões”. Os policiais também flagraram adolescentes vendendo drogas nas proximidades da unidade escolar.

“Em algumas comunidades, mais vulneráveis e críticas, esses são temas importantes. A gente tomou duas grandes medidas. A contratação de 1.000 seguranças para as escolas mais vulneráveis. Esses seguranças vão todos os dias às escolas para, por exemplo, evitar uma briga e traficantes na escola. Eles estão ali justamente para essa questão”, afirmou Feder.

Além dos seguranças, o secretário de Educação disse que a pasta contratou 600 psicólogos para atuar em escolas mais violentas, em casos de aumento de bullying, desrespeito e intolerância. Os profissionais foram alocados por Diretoria de Ensino e também contemplam a região.

“Estamos com 600 psicólogos no estado que visitam as escolas, principalmente as que mais precisam, e conversam com os alunos, fazem atendimento psicológico para que a gente trabalhe de uma maneira preventiva, para diminuir a insegurança e a violência nessas escolas, que são mais críticas”, disse Feder.

“Em São José dos Campos, são cerca de 10 psicólogos atuando. Eles visitam as escolas da região, então dificilmente uma escola não é visitada ou semanalmente ou quinzenalmente”, completou.

Segundo ele, quando a escola apresenta um “problema maior”, como no caso das brigas na unidade de São José, o psicólogo fica mais tempo na escola, “para conversar com a família, conversar com o aluno e resolver essa questão ou prevenir que o problema se agrave”, ressaltou Feder.

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