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04 de maio de 2024
CRIME BRUTAL
'Vim de passagem, não vim para ficar', dizia psicóloga morta dentro da própria clínica
'Somos a vida e a morte. O tudo e o nada', postou a psicóloga. Fabiana foi morta a facadas dentro da própria clínica e foi achada amarrada e amordaçada. Suspeito foi preso
Por Da redação | 25/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos
Reprodução
"Alma livre, mãe e bioterapeuta". Era assim que a psicóloga Fabiana Maia Veras, de 42 anos, se definia nas redes sociais. "Sou grande, venho de longe, não ando sozinha, estou de passagem e não vim para ficar", acrescentava ela, que foi violentamente morta na tarde da última terça-feira (23) dentro de sua clínica, em Assú (RN). O suspeito do crime foi preso na quarta-feira (24).
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Nas redes sociais, Fabiana falava sobre a profissão, além da paixão por viagens, pela família, pela atividade física e postava ensaios fotográficos. Em uma delas, postada quando fez 42 anos, a psicóloga escreveu que era 'a vida e a morte'. "Somos de vidro, também de pedra, água e areia... Viajantes do tempo. O remetente e o destinatário. Tudo que jogamos contra o vento vem ao nosso encontro. Somos o próprio reflexo que vemos no espelho e além dele. Somos a vida e a morte. O tudo e o nada. Somos idealizadores (...)", postou.
Nas mensagens, ela dizia que encontrar-se é o principal desafio e falava sobre cultivar esperança, amor, paciência e sabedoria. Após o crime, a página de Fabiana foi inundada por mensagens de condolências. "Quanta maldade que fizeram com essa moça, meu Deus. Graças a Deus parece que o suspeito já foi preso", escreveu uma seguidora. "Que você esteja nos braços de Jesus", postou outra. "Até quando as leis do nosso Brasil darão incentivo para crimes brutais assim?", questionou outro.
O CRIME.
Imagens gravadas por uma câmera de segurança mostram a psicóloga recebendo um homem às 16h45. Ele chega à clínica e espera do lado de fora, com um pano na cabeça e máscara facial, segurando uma mala. Depois de tocar a campainha, o homem foi atendido por Fabiana. Após uma breve conversa na garagem, a psicóloga e o homem entram na clínica. Cerca de 15 minutos depois, ele deixa a unidade. O homem ainda não foi identificado pela polícia, que analisa as imagens e tenta chegar ao nome do suposto autor do crime.
O corpo da psicóloga foi encontrado às 18h por uma funcionária. Fabiana tinha três armas de fogo registradas, mas elas não foram levadas pelo criminoso. A suspeita é que o assassino tenha levado apenas o celular da vítima, em uma tentativa de dificultar as investigações. Um homem de 41 anos foi preso pela Polícia Civil pelo assassinato.
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