CRIME BÁRBARO

Com 'ciúme' da droga, traficante matou usuária por quem era apaixonado em São José

De acordo com a polícia, Marcinho queria namorar com Maria Adriana, a quem fornecia entorpecentes. Ele queria que ela gostasse dele, não da droga. Ela morreu por não querer namoro

Por Da redação | 23/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Reprodução/ Polícia Civil

A vítima, Maria Adriana, e seu algoz, Márcio Roberto Ribeiro, o Marcinho
A vítima, Maria Adriana, e seu algoz, Márcio Roberto Ribeiro, o Marcinho

"Se ela não ficar comigo, não vai ficar com mais ninguém".

Em tom de ameaça, a frase já era um prenúncio do desfecho trágico da relação entre o traficante Márcio Roberto Ribeiro, o Marcinho, e Maria Adriana Nunes Godim, apontada pela polícia como usuária de drogas em São José dos Campos. Violento e perigoso, Marcinho queria namorar com Maria Adriana, a quem fornecia entorpecentes e com quem os consumia. Mas, segundo a polícia, ele tinha 'ciúmes' da droga e queria que ela ficasse com ele por amor. O caso acabou em tragédia.

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O capítulo final desta história foi escrita com sangue. De acordo com a polícia, em 26 de dezembro de 2020, às 16h30, Marcinho matou Maria Adriana com marretadas na cabeça, inconformado por ela se negar a namorar com ele. O caso aconteceu no Jardim Vale Paraíso, rua Doutor Mario Sampaio Martins, na casa de Maria Adriana. O traficante já estava perseguindo e ameaçando a vítima. Ele foi indiciado pelo crime nesta segunda-feira (22).

De acordo com o inquérito, que ouviu o depoimento de testemunhas, a vida de Maria Adriana mudou quando Marcinho começou a frequentar a rua onde ela morava. Marcinho queria manter um relacionamento sério com ela, que já era comprometida e resistia às investidas dele. Segundo testemunhas, ele ia à casa dela e lá usavam entorpecentes.

"Quando [ele] ficava sob o efeito, tinha mais interesse em se relacionar com ela. Adriana era usuária de drogas. Marcinho gostava de Adriana e queria ter um relacionamento sério com ela. Ele era traficante no bairro e fornecia drogas para ela, mas queria que ela se envolvesse com ele por querer, não pela droga", diz trecho do inquérito, conduzido pelo setor de homicídios da Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais).

CRIME BRUTAL.

No entanto, Maria Adriana não queria namorar com Marcinho, que foi ficando cada vez mais agressivo, dizendo "para todos": "Se ela não ficar comigo, não vai ficar com mais ninguém". Ele passou a perseguir a vítima e, no dia do crime, ameaçou "acabar com a cara dela", pegando uma marreta e ameaçando jogar contra ela. Maria Adriana, de acordo com testemunhas, disse: "Você não tem coragem, então 'taca'".

Marcinho, então, lançou a marreta e atingiu a cabeça da vítima, que caiu. "Vendo Adriana caída no chão, agonizando, simplesmente 'terminou o serviço'. Ele bateu com a marreta várias vezes na cabeça de Adriana", diz trecho do inquérito. O corpo da vítima foi encontrado pela Polícia Militar, após a corporação ter sido acionada por vizinhos.

PERIGOSO.

De acordo com a Polícia Civil, após o assassinato, Marcinho cometeu uma série de outros crimes, como furtos, roubo e estupro. Ele está preso atualmente, por conta de outros delitos. Segundo a polícia, Marcinho responde a 12 inquéritos policiais e 15 processos na Justiça. Ele é considerado violento e perigoso.

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