GUERRA DO CRIME

Guerra de grupos rivais deixa rastro de mortes em Cruzeiro, cidade mais violenta de SP

A Polícia Civil caça os dois homens, e um deles, tem recompensa de R$ 50 mil para informações que possam levar a polícia a sua localização

Por Leandro Vaz | 19/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Cruzeiro

Município com a maior taxa de homicídios do estado de São Paulo, a antes pacata Cruzeiro, com cerca de 80 mil habitantes, vive uma onda de violência marcada por mortes e desavenças entre grupos rivais.


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Na última sexta-feira (15), o assassinato de Eli da Silva Moreira Júnior, de 43 anos escancarou o que Polícia Civil acredita ser uma guerra entre duas gangues no bairro Itagaçaba, um dos mais populosos da cidade.

“A vítima tinha uma filha paraplégica, que namora um procurado por homicídio. Alguns anos atrás, ela foi alvejada por arma de fogo. A linha da investigação é que tenha ligação entre os fatos. Nós estamos apurando melhor, mas o namorado dela é um dos foragidos”, disse João Paulo de Oliveira Abreu, delegado seccional de Cruzeiro.

OVALE ouviu a filha da vítima, que fez uma despedida emocionante após a morte do pai, a quem chama de herói. Ela, que tenta voltar a andar após ter sido baleada nas costas há um ano, diz que o pai foi morto por uma gangue que tentava atingí-la. Ela, que nega qualquer relação com o mundo criminal, afirma que a quadrilha tem uma rixa com o seu ex-namorado.

Leia mais: 'Te amo, meu herói': emocionada, filha diz adeus ao pai, executado a tiros em Cruzeiro

A morte de Eli, na última sexta-feira é a sétima registrada apenas em 2024. O homem estava sentado em um ponto de ônibus, em uma praça pública, no mesmo bairro, o Itagaçaba, quando o assassino chegou encapuzado e atirou em sua nuca. O delegado acredita que foram pelo menos três disparos. “Imagens de câmeras de segurança devem ajudar na investigação”, disse o delegado.

“O bairro Itagaçaba está dividido por dois grupos que estão rivalizando entre eles”, afirmou João Paulo. Dos sete homicídios registrados neste ano, cinco já foram esclarecidos e noves suspeitos estão presos. Mas dois estão foragidos. Agora, a Polícia Civil caça os dois homens, e um deles, tem recompensa de R$ 50 mil para informações que possam levar a polícia a sua localização.

“Os dois são procurados e podem estar relacionados com os crimes e outros registrados na cidade. Cada um deles pertence a um grupo distinto do outro”, disse o seccional.

OS PROCURADOS

Os dois alvos de busca da Polícia Civil de Cruzeiro são Bruno Dias Correia, o Bruninho, e Lucas Willians de Oliveira Andrade. Lucas aliás é apontado como o namorado da filha da vítima que morreu na última sexta-feira. Para informações que levem ao Bruno, a Polícia Civil oferece a recompensa de R$ 50 mil. Qualquer informação pode ser enviada à Polícia Civil por WhatsApp (12) 3143-7253 ou através do Disque Denúncia no número 181. O anonimato é garantido.

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