Mensagens enviadas por Letícia Ayumi Rodzewics, 20 anos, ao namorado mostram que o helicóptero em que ela estava com a mãe, Luciana Rodzewics, 46 anos, e o amigo Raphael Torres, 41 anos, fez um pouso de emergência em uma área de mata antes de decolar novamente e desaparecer.
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Ela relatou ao namorado que não sabia onde estava e que o pouso foi necessário pelas condições climáticas adversas. A jovem também disse que estava com medo. As mensagens foram cedidas pela família ao G1.
“Tempo ruim. Não dá para passar. Medo”, diz Letícia ao namorado. “Pousamos no meio do mato”, acrescenta ela. O namorado pergunta em qual local ela estava e a jovem diz não saber. “Sei lá, estou parada no meio do mato”.
Letícia ainda diz que o piloto ainda tentava entrar em Ilhabela, mas que pretendia voltar para a capital por causa das más condições do tempo.
Depois das mensagens, a jovem enviou um vídeo mostrando o tempo chuvoso e com muita neblina, que dificultavam a visibilidade.
As imagens e a troca de mensagens podem ajudar a FAB (Força Aérea Brasileira) a encontrar o helicóptero. As buscas entraram no segundo nesta terça-feira (2). Uma aeronave SC-105 Amazonas participa da operação. Ela é usada em operações de busca, resgate e salvamento.
Além disso, o sinal do celular ativo de Letícia e Luciana pode contribuir para a localização da aeronave. Segundo familiares, os celulares estão chamando, mas ninguém atende.
DESAPARECIMENTO
O helicóptero modelo R44 de cor preta e cinza, feito pela fabricante norte-americana Robinson Helicopter em 2001, decolou por volta de 13h do domingo (31) do Campo de Marte, em São Paulo. O último contato foi feito às 15h10.
Antes de perderem contato com as torres de controle, Letícia enviou um vídeo ao namorado, por volta das 14h, gravado dentro do helicóptero. A imagem mostra as más condições do tempo: neblina, vento e chuva. Pouco antes disso, às 13h, Luciana publicou imagens da decolagem.
Nos registros da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o helicóptero aparece como regular para voos e inscrito na categoria de "serviço aéreo privado", mas com operação negada para táxi aéreo. O CVA (Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade) da aeronave vence em junho de 2024.