OPERAÇÃO

FAB usa avião com sensor infravermelho na busca por helicóptero que desapareceu no Vale

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução / Redes Sociais
Imagem do vídeo feito de dentro do helicóptero que desapareceu na região
Imagem do vídeo feito de dentro do helicóptero que desapareceu na região

A FAB (Força Aérea Brasileira) retoma nesta terça-feira (2) as buscas pelo helicóptero que desapareceu dos radares no domingo (31), véspera de Ano Novo, enquanto voava pela região do Litoral Norte. A aeronave viajava de São Paulo para Ilhabela com um piloto e três passageiros. Todos estão desaparecidos.

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Em razão da área de busca ser extensa, entre a Serra do Mar e Caraguatatuba, a FAB vai usar um avião SC-105 Amazonas, que é utilizado em operações de resgate e salvamento e faz parte do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação – Esquadrão Pelicano.

Dotado de um sistema eletro-óptico, o SC-105 utiliza sensores infravermelhos e pode detectar uma aeronave acidentada encoberta pela vegetação ou até mesmo uma pessoa no mar. O avião também tem equipe de observação, que vasculha a área sobrevoada a olho nu. No entanto, há nuvens sobre a região nesta terça-feira, o que pode atrapalhar as buscas.

“Os voos foram retomados nas primeiras horas da manhã de hoje (2). Até o momento, o helicóptero não foi localizado”, informou a FAB.

O principal trecho de busca nesse momento fica entre a Serra do Mar no município de Paraibuna e a cidade de Caraguatatuba, vizinha ao arquipélago de Ilhabela.

Além da FAB, o helicóptero Águia da Polícia Militar também participa das buscas.

Se houver suspeita de que o helicóptero possa ter caído no mar, a Marinha e o GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimos) também podem ser acionados.

“Pela área de buscas, que é extensa e de vegetação densa, a via aérea é a forma mais eficiente, inclusive com a competência da FAB. Tão logo tenhamos a localização da aeronave, o Corpo de Bombeiros poderá integrar a ocorrência na atuação terrestre”, informou o Corpo de Bombeiros da região.

DESAPARECIMENTO

O helicóptero modelo R44 de cor preta e cinza, matrícula PR-HDB, feito pela fabricante norte-americana Robinson Helicopter em 2001, decolou por volta de 13h do domingo (31) do Campo de Marte, em São Paulo. O último contato foi feito às 15h10.

Estavam na aeronave Luciana Rodzewics, 46 anos, e Letícia Ayumi Rodzewics, 20 anos, que são mãe e filha, e o amigo da família que fez o convite para o passeio, Raphael Torres, de cerca de 37 anos. O piloto não teve o nome divulgado.

Ao G1, a irmã de Luciana contou que o plano era fazer um bate-volta para Ilhabela, onde assistiriam aos fogos de artifício da virada de ano.

Antes de perderem contato com as torres de controle, Letícia enviou um vídeo ao namorado, por volta das 14h, gravado dentro do helicóptero. A imagem mostra as más condições do tempo: neblina, vento e chuva. Pouco antes disso, às 13h, Luciana publicou imagens da decolagem.

Nos registros da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o helicóptero aparece como regular para voos e inscrito na categoria de "serviço aéreo privado", mas com operação negada para táxi aéreo. O CVA (Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade) da aeronave vence em junho de 2024.

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SC-105 Amazonas
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