A nova operação da Polícia Civil no Pico dos Marins, em Piquete, a partir de segunda-feira (18), reacendeu a esperança do jornalista e advogado Ivo Simon. Aos 84 anos, Simon busca pelo filho desaparecido há 38 anos.

O escoteiro Marco Aurélio Simon sumiu na montanha em 1985, sem deixar qualquer vestígio. Ele tinha 15 anos na época e participava de uma expedição com escoteiros de São Paulo. Nunca mais foi visto por ninguém.

“Estamos na expectativa desse novo trabalho policial, do que vai aparecer em Piquete. Parece ser uma operação bem grande”, disse Simon.

DRONES

A Polícia Civil vai realizar trabalhos técnicos em pontos específicos da montanha para tentar descobrir indícios do escoteiro.

Os peritos vão visitar ao menos cinco pontos sensíveis e específicos no Pico dos Marins, utilizando equipamentos de alta tecnologia para investigar o caso Marco Aurélio, que está entre os 10 maiores mistérios do mundo.

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A investigação vai priorizar pontos indicados anteriormente por drones que podem conter ossos enterrados. Com tecnologia alemã, os drones são capazes de detectar materiais mesmo em grande profundidade.

Uma das atividades será peneirar a terra nestes pontos específicos, para identificar ossos em migalhas em razão do processo de decomposição.

A operação, que vai interditar uma parte do Pico dos Marins, pode durar até cinco dias. Também vão participar peritos do Instituto de Criminalística do setor de arqueologia de São Paulo e equipes do Corpo de Bombeiros.

SEM PISTAS

Até hoje, segundo Simon, nenhuma pista concreta sobre o que aconteceu com Marco Aurélio foi encontrada. Não se sabe se ele está morto ou vivo. Tudo o que a família quer, segundo o jornalista, é colocar ponto final na história.

“É um assunto instigante e que mexe com as pessoas. É um mistério terrível. Não tem um fio de cabelo, uma pista a seguir. Tudo o que queremos é encerrar essa história sabendo o que aconteceu com Marco Aurélio”, disse o pai.