A Polícia Civil vai fazer novas buscas no Pico dos Marins, em Piquete, para tentar desvendar um dos maiores mistérios do mundo: o paradeiro do escoteiro Marco Aurélio Simon, que sumiu na montanha em 1985, sem deixar qualquer vestígio.
OVALE apurou que peritos da Polícia Civil irão realizar, a partir da próxima segunda-feira (18), trabalhos técnicos em pontos específicos da montanha para tentar descobrir indícios do escoteiro, que desapareceu durante uma expedição, quando tinha 15 anos.
Os peritos vão visitar ao menos cinco pontos sensíveis e específicos no Pico dos Marins, utilizando equipamentos de alta tecnologia para investigar o caso Marco Aurélio, que está entre os 10 maiores mistérios do mundo.
INTERDIÇÃO
O pico será interditado para o trabalho policial. A previsão é que os peritos permaneçam até cinco dias nos Marins investigando os pontos definidos com base em critérios técnicos. A ação também poderá usar drones.
Um deles é o das alterações ambientais na montanha, que podem indicar pontos em que o solo foi remexido por humanos. Uma das linhas de investigação é de que o corpo do escoteiro possa estar enterrado no pico.
“Estamos na expectativa desse novo trabalho policial, do que vai aparecer em Piquete”, disse o jornalista e advogado Ivo Simon, pai do escoteiro desaparecido.
OSSO
Em setembro de 2021, após o caso ser reaberto pela Polícia Civil, os peritos descartaram um fragmento de osso encontrado na base do Pico dos Marins como sendo de Marco Aurélio.
O osso havia sido encontrado perto da casa em que morava o antigo proprietário, Afonso Xavier, que morreu em 1997. Fora ali que o grupo de escoteiros em que estava Marco Aurélio montara a base do acampamento para a expedição ao Marins, há 38 anos.
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Segundo o pai do escoteiro, o osso passou por análise de um perito e foi descartado como sendo de um ser humano. “O osso é de um animal, um cão ou gato. Não é de Marco Aurélio”, disse ele a OVALE, na ocasião.
BUSCA
Aos 84 anos, Simon busca pelo filho desaparecido há 38 anos, trabalho que o faz ter contato com pessoas de todo o Brasil.
“Viajei muito pelo Brasil atrás de pessoas parecidas com Marco Aurélio. Já passamos dias inteiros olhando em praças de várias cidades. A fisionomia dele não é diferenciada e a imagem dele se confunde com diversas outras pessoas”, afirmou o pai.
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“Quando se tem uma divulgação muito grande, a pessoa grava a imagem na mente e, às vezes, ela vê alguém e acha parecido. Uma mulher nos ligou e disse que havia visto um homem no Metrô de São Paulo parecido com o Marco Aurélio. A gente fica numa situação difícil.”
Até hoje, segundo Simon, nenhuma pista concreta sobre o que aconteceu com Marco Aurélio foi encontrada, nem que esteja vivo ou morto.
“É um assunto instigante e que mexe com as pessoas. É um mistério terrível. Não tem um fio de cabelo, uma pista a seguir”, disse o pai.
Comentários
1 Comentários
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Madalena Cândido 18/09/2023É um caso muito triste! Para a família principalmente para o pai que tem a esperança de saber o que aconteceu com o filho, encontrar vivo ou morto .Toda tecnologia é grande importância nesta busca,talvez uma busca com detector de metais ajudaria escavando a terra derrepente até encontraria alguns metais, ex botões de calça, cinto etc .Que Deus abençoe toda a família e boa sorte .