PARANORMAL

Espírito ‘persegue’ os caça-fantasmas do Vale em local do massacre do Carandiru

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação / Museu Penitenciário Paulista
Pavilhão do antigo Complexo Penitenciário Carandiru
Pavilhão do antigo Complexo Penitenciário Carandiru

O grupo de caçadores de fantasmas do Vale do Paraíba, o ‘KBC – Caçadores de Fantasmas’, realizou uma missão de investigação sobrenatural no começo de abril no Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo.

O local é aberto ao público e substituiu, a partir de 2003, o Complexo Penitenciário Carandiru, que ficou marcado pelo massacre de 111 presos em outubro de 1992. Na ocasião, quase 10 mil presos estavam alojados no complexo.

A investigação paranormal dos caçadores de fantasmas do Vale contou com a participação de uma dupla de investigadores do grupo Aparição Paranormal, que atua na capital.

O trabalho entra para os relatos macabros do grupo do Vale que já conta com investigações de espíritos demoníacos em bonecas, cães assassinos e assombrações em casas e espaços abandonados por toda a região.

Em novembro do ano passado, o KBC realizou uma investigação sobrenatural na qual teria contatado o espírito do ex-ator e pastor batista Guilherme de Pádua, que morreu aos 53 anos em 6 de novembro, vítima de um infarto.

Pádua foi condenado a 19 anos de prisão pela morte da atriz Daniella Perez, de 22 anos, no dia 28 de dezembro de 1992.

Criado em 2012 em Guaratinguetá, o grupo é conhecido por investigar casos assustadores, como ‘serial killer da floresta’, ‘cemitério maldito’, ‘boneca mal assombrada’, ‘cão do inferno’, ‘espíritos malignos’.

As aventuras sobrenaturais levaram os vídeos do grupo a viralizarem no Youtube, com o canal oficial dos caça-fantasmas se aproximando de 1 milhão de inscritos.

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CARANDIRU


Na capital, os caçadores de fantasmas se depararam com relatos acerca de aparições estranhas e assustadoras no antigo local do Carandiru.

“Viemos por causa dos relatos de visitantes e de funcionários de várias aparições, vozes estranhas e muita gente que já viu coisas assombradas. Fizemos a avaliação onde eram os antigos pavilhões do Carandiru”, disse João Paulo Fabrício dos Santos, líder e um dos idealizadores do KBC.

Para ‘conversar’ os espíritos no local, o grupo usou o Spirit Box, que é um rádio modificado que os caça-fantasmas utilizam para contatar espíritos.

Na missão, segundo o líder dos caça-fantasmas, um dos espíritos do antigo Carandiru teria se manifestado e conversado com eles, que investigavam a área ocupada pelo necrotério do ex-complexo penitenciário.

A seguir, os trechos mais assustadores do diálogo entre o KBC e o suposto espírito de um preso do Carandiru:

KCB: Por que você está aqui?

Voz: Tenho medo da casa.

KBC: Você morreu aqui?

Voz: Eu infeliz. Foi aí mesmo no necrotério [a suposta morte].

KBC: Tem algo que possamos fazer por você?

Voz: Essa não é a hora de me seguir. Vai cair.

O tom da voz e os barulhos que vinham pelo Spirit Box dão um clima de terror ao trabalho dos caça-fantasmas.

Santos pergunta ao suposto espírito sobre quem seria um ‘desencarnado’ que aparece no parque, segundo realto de visitantes. A voz responde: “Eu”.

KCB: Há espíritos aqui que não teriam sido mortos no presídio?

Voz: Sim, e muitos

KBC: Você é um deles?

Voz: Sim.

KBC: Quem é você?

Voz: Que horror, cruz credo [dando um grito]. Eu não quero.

Segundo Santos, o parque estava deserto durante a visita do KBC, que obteve permissão da segurança para filmar no local. Na saída, eles relatam ter visto uma imagem de um suposto ser passando pelo parque. A tensão aumentou.

KBC: É você que fica rondando à noite?

Voz: Sim, sou eu.

KBC: Você procura algo?

Voz: Meu neto, ele está nesse lugar. Quero ser transferido, odeio.

KBC: O que te prende nesse local?

Voz: É normal. As saídas são para as almas, são proibidas. É o medo, raiva.

“Foi um trabalho bem tenso e cheio de interações com espíritos do Carandiru e que estão vagando por ali. Não foi fácil”, disse Santos.

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