Desde que um corpo foi encontrado no Parque da Cidade de São José dos Campos no último sábado (21), uma chuva de mensagens em tom de carinho e despedida tomaram as redes sociais de Leonardo do Prado Moreno, de 22 anos, que estava desaparecido desde o dia 23 de dezembro do ano passado. Um dos textos mais emocionantes foi o de uma carta aberta elaborada por Jéssica Brito, de 25, uma das melhores amigas do jovem.
"Você sempre estará vivo no meu coração, te amo muito, sempre vai ser meu melhor amigo e irmão!", escreveu Jéssica, que foi uma das organizadoras da patrulha que buscaria pelo desaparecido no Parque Burle Marx no último domingo (22). Encontrado no sábado (21), o corpo foi reconhecido por uma irmã do universitário como de Léo, mas é necessária a conclusão do teste de DNA para ter plena certeza da identidade do finado.
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Na carta completa, Jéssica descreveu como conheceu Léo em uma balada em 2016 e como, desde então, a amizade entre os dois não parou de cresceu. "Não sei descrever o quão difícil está sendo essa dor e esse momento mas estou aqui para falar sobre você (...) O Léo sempre foi inteligente, doce, gentil, determinado, focado, simpático , super educado e super engraçado", comentou.
Ressaltando o camaradagem da dupla, Jéssica definiu como 'era ela por ele, e ele por ela': "O Léo sempre torcia por mim, sempre me apoio, ele acreditava em mim, ele me defendia (...) ele largava tudo pra estar com você".
Com outras frases que exibiam todo o amor ao amigo, Jéssica finalizou com um pedido para que o universitário descansasse em paz.
Na coordenação das buscas que seriam feitas no dia 22, Jéssica contava com a ajuda de Isabella da Silva Alves, 22. As duas eram consideradas as melhores amigas de Leonardo.
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LEIA A CARTA COMPLETA.
Leia a seguir a carta aberta feita por Jéssica Brito ao amigo Leonardo. O texto não possui nenhuma identificação feita por OVALE.
"Carta aberta para o Léo.
desde quando a gente se conheceu em 2016 na balada, nossa energia se conectou e muito desde então nossa amizade foi crescendo cada vez mais. Não sei descrever o quão difícil está sendo essa dor e esse momento mas estou aqui para falar sobre você.
O Léo sempre foi inteligente, doce, gentil, determinado, focado, simpático , super educado e super engraçado. Léo adorava as figurinhas da getchen, Léo não era só meu melhor amigo, era e vai continuar sendo um irmão pra mim, o Léo sempre torcia por mim, sempre me apoio, ele acreditava em mim, ele me defendia. Era eu por ele e ele por mim. Léo é um amigo que sempre esteve comigo em todos os momentos bons e ruin, Léo e um amigo que se você precisar dele a qualquer hora ou dia, ele largava tudo pra estar com voce.
Eu não sei o tamanho da sua dor amigo mas essa dor pelo menos uma parte que seja virou minha também. Você sempre foi incrível comigo como diz a música que você dedicava pra mim ( quem tem um amigo tem tudo) essa música significa muito nossa amizade. Estou escrevendo isso chorando em estado de choque e sem querer acreditar. Que você tenha encontrado a paz que almejava, sem dor. Descanse em paz!
Você sempre estará vivo no meu coração, te amo muito, sempre vai ser meu melhor amigo e irmão!"
HISTÓRICO DO CASO.
Léo desapareceu na manhã do último dia 23 de dezembro na Vila Sinhá, na zona norte de São José, onde a família mora. Ele saiu de casa e foi visto pela última vez entrando no Parque da Cidade às 9h do dia em que sumiu.
O jovem nasceu em São José, mas se mudou para Belo Horizonte (MG) há cinco anos por conta da faculdade. Em dezembro, veio ao Vale para passar o Natal com a família, mas mentiu ao dizer que sairia para almoçar fora e, desde então, não deu mais notícias. Pouco antes, ele enviou um áudio em tom de despedida para amigos e familiares.
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Um dos prováveis motivos para o sumiço do jovem, segundo a polícia, seria uma desilusão amorosa sofrida pelo jovem, que sofria de depressão e havia terminado um relacionamento de dois anos com um ex-namorado de BH.
Na noite anterior ao desaparecimento, Léo teria ficado sabendo, durante uma festa em São José, que o ex-companheiro havia o traído enquanto estavam juntos. Ele voltou para casa, chorou e foi consolado pela mãe, que inclusive dormiu com o filho para acalmá-lo. Na manhã seguinte, Léo parecia melhor, mas a polícia descobriu que ele pesquisou tópicos relacionados a suicídio antes de sumir.
Após um amplo período sem atualizações, um corpo foi encontrado no Parque da Cidade no último sábado (21) e uma irmã reconheceu como sendo do universitário, mas ainda é necessária a identificação formal o enterro. Embora todos os indícios levem a deduzir que se trata do estudante, por conta das vestimentas, óculos e mochila, além do telefone celular, ainda haverá um reconhecimento oficial com teste de DNA.
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