O Ministério Público informou na noite desta quarta-feira (11) que irá recorrer da decisão judicial que concedeu à Suzane von Richthofen progressão de pena para o regime aberto nesta tarde. Ela cumpria pena na na Penitenciária Feminina 1 Santa Maria Eufrásia Pelletier.
Segundo o órgão, mesmo após Richthofen passar em um teste criminológico solicitado pelo MP para liberar a soltura, uma segunda avaliação, chamada Teste de Rorschach – nome do 'teste do borrão de tinta' – não foi realizado por não ter um profissional qualificado para aplicação do exame na época.
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O Teste de Rorschach, utilizado por diversos peritos criminais ao redor do mundo, é um exame psicológico realizado para identificar traços da personalidade da pessoa que está sendo examinada.
A juíza responsável pelo caso, no entanto, não viu necessidade na aplicação do teste e liberou a soltura de Suzane antes que o exame, que estava previsto para ser feito dentro de um mês, fosse realizado.
Em 2002, com 18 anos na época, Suzane chocou o país ao ser mentora do assassinato dos próprios pais. Seu namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão, Cristian Cravinhos, mataram Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen com marretadas enquanto dormiam na mansão da família no bairro do Brooklin, em São Paulo.