TOQUE DE CAIXA

Em mais uma sessão de 'pacotaço', divergências explodem na Câmara

Redação
| Tempo de leitura: 3 min

CEI da Sucata
A Câmara Municipal de Bauru aprovou na tarde desta segunda-feira (15) a instauração de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar denúncias de desvio de bens inservíveis e sucatas (luminárias e telhado) pertencentes à Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural (Emdurb). A CEI será formada por 5 vereadores da base de apoio do governo municipal e 2 da oposição.

A base da CEI
Após uma votação em plenário que liberou a tramitação do pedido, mesmo com o protocolo sendo feito depois das 10h30, horário-limite previsto no Regimento Interno da Casa, a CEI foi instalada e será composta por Márcio Teixeira (PL), Marcelo Afonso (PSD), Sandro Bussola (MDB), Edson Miguel (Republicanos), Julio Cesar (PP), Estela Almagro (PT) e Arnaldinho Ribeiro (Avante). O presidente da CEI será Marcelo Afonso e o relator, Sandro Bussola.

‘Sacada de mestre’
O aumento de 5 para 7 vereadores partiu de uma sugestão do vereador Segalla, votado e aprovado em plenário. Segalla foi cumprimentado posteriormente por pessoas que estavam no Legislativo por ter tido a ‘sacada de mestre’ de sugerir a ampliação e colocar na CEI dois vereadores de oposição (Estela e Marcio Teixeira), quando na formação original não havia nenhum.

Caso de polícia
A Polícia Civil está com o caso da venda da sucata (telhado e luminárias) já em investigação. Nesta segunda-feira, inclusive, uma equipe com policiais esteve na Emdurb. Não há informações disponíveis ainda, mas certamente os policiais foram em busca de dados e possíveis elementos comprobatórios ou mesmo indícios de que foi denunciado até agora. Leia a matéria completa no link https://sampi.net.br/bauru/noticias/2949068/politica/2025/12/cei-da-sucata-da-emdurb-e-instalada-na-camara-com-7-integrantes-

A ‘toque de caixa’
E mais uma vez, muito em razão do acúmulo de processos para apenas duas sessões, do ritmo de ‘toque de caixa’ adotado pela direção da Câmara e o carimbo de urgência em inúmeros projetos de lei, as divergências de procedimento se instalaram e esquentaram o clima no prédio da Praça Dom Pedro II. Borgo, Estela, Lokadora e Segalla bateram de frente com o presidente Markinho Souza (MDB). O líder do governo, Sandro Bussola (MDB), interveio em alguns momentos em favor do rito adotado pela presidência. A sessão foi suspensa às 21h45 e será retomada nesta quarta (17), às 8h.

Balanço geral
E a sessão desta segunda, por ser a última do ano, teve tom de balanço geral por parte de vários parlamentares. Arnaldinho Ribeiro, por exemplo, lembrou dos processos de sua autoria aprovados ou em discussão: Transparência das entidades sociais, transparência na Seplan, criação do cadastro de pessoas deficientes e com mobilidade reduzida e atualização da lei de implantação e renovação dos postos de combustíveis.

Muralha em QAP 1
Já o vereador Cabo Helinho (PL) usou, em sua fala na Tribuna, uma reportagem do jornalista Alexandre Colim no Cidade 360 para reiterar uma constatação: o programa Muralha Paulista já causa estragos à bandidagem que anda à solta por aí. Num mesmo dia, a polícia capturou cinco pessoas que estavam foragidas ou com ordem de prisão decretada.

Muralha em QAP 2
Muralha Paulista é um programa do Governo de SP que integra câmeras, leitores de placas e reconhecimento facial para combater a criminalidade, criando uma rede de monitoramento que identifica veículos roubados, foragidos e pessoas desaparecidas em tempo real, conectando câmeras públicas e privadas para aumentar a agilidade das forças de segurança e reduzir a mobilidade criminosa no Estado.

‘Cidade da motosserra...’
Márcio Teixeira achou que encontraria diálogo em seu primeiro ano de mandato. E mostrou motosserra que levou à Tribuna, lamentando o número de árvores cortadas neste ano na cidade. Falou da importância do arborização urbana. “A cidade vive um caos e está se tornando a cidade da motosserra, sem limites. É urgente o cumprimento dos TACs e dos TCRAs ambientais”, bradou.

Sem taxa ou tarifa
O presidente da Câmara, Markinho Souza (MDB), foi à tribuna para dizer que “esta Casa aprovou a concessão para a realização de uma PPP e não a criação de tarifa ou taxa. É ato discricionário da prefeita, isso não passa pela Câmara de Bauru. Inclusive se houver recurso próprio (dinheiro), nem precisaria criar tarifa ou taxa. Além de setores deficientes em coleta, não se pode enterrar 300 toneladas de lixo por dia. Isso é uma vergonha!”, afirmou.

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