O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025, resultado abaixo do esperado e que reforça a tendência de desaceleração da atividade econômica neste ano. O ritmo fraco refletiu a perda de força do setor de serviços, apesar do desempenho positivo da agropecuária e da indústria.
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De acordo com o IBGE, o crescimento entre julho e setembro ficou aquém da projeção de 0,2% estimada por economistas. Esse é o pior resultado trimestral desde a retração de 0,1% registrada no fim de 2024. Nos dois primeiros trimestres deste ano, a economia havia crescido 1,5% e 0,3%, em números revisados pelo instituto.
A política monetária restritiva, com a taxa Selic mantida em 15%, segue pressionando consumo, crédito e novos investimentos. O Banco Central volta a se reunir na próxima semana e deve manter os juros no patamar atual.
Do lado da produção, os serviços,responsáveis por cerca de 70% do PIB, cresceram só 0,1% no período, após avanços mais robustos no início do ano. A agropecuária subiu 0,4%, recuperando parte das perdas do trimestre anterior, enquanto a indústria teve alta de 0,8%.
O consumo das famílias também perdeu força, avançando apenas 0,1% depois de duas altas seguidas de 0,6%. Já o consumo do governo cresceu 1,3%. A Formação Bruta de Capital Fixo, indicador de investimento, subiu 0,9%, deixando para trás a queda registrada entre abril e junho.
No setor externo, as exportações aumentaram 3,3%, contra 1% no trimestre anterior, enquanto as importações tiveram leve alta de 0,3%. O período foi influenciado pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos em agosto, parcialmente revertido por Washington em novembro.
*Com informações da Reuters
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