ASSASSINATO CRUEL

Mulher estrangulada em Franca: reconstituição detalha crime

Por Laís Bachur | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Laís Bachur/GCN
Momento em que policiais estão com boneco, simulando a vítima, na reconstituição no Leporace
Momento em que policiais estão com boneco, simulando a vítima, na reconstituição no Leporace

A Polícia Civil realizou na manhã desta terça-feira, 19, a reconstituição do feminicídio que chocou Franca no último dia 25 de julho, no bairro Parque Vicente Leporace. A encenação contou com a presença de Alexandre Júnior da Silva Sousa, de 35 anos, acusado de assassinar a companheira Fernanda Cristina de Souza, de 37 anos, por meio de asfixia.

O procedimento buscou esclarecer com detalhes de como o crime aconteceu - do início ao fim. Alexandre, que já havia confessado o assassinato no dia dos fatos, voltou a relatar à polícia os passos que levaram à morte da vítima.

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Segundo a delegada Juliana Paiva, responsável pelo caso, o acusado afirmou que o crime teria sido motivado por uma suposta tentativa de terminar o relacionamento, que não era aceita por Fernanda. No entanto, a versão foi contestada por familiares e amigas da vítima, que disseram que ela quis dar um fim ao relacionamento, por não aceitar o vício em drogas de Alexandre.

De acordo com o laudo anexado ao processo, Fernanda morreu por asfixia após ser esganada pelo companheiro. Durante a reconstituição, Alexandre também disse que tentou tirar a própria vida logo após o feminicídio. Segundo ele, as cordas e fitas encontradas na cama seriam para o seu suicídio, e não para encenar a morte da companheira. O homem ainda relatou que ingeriu medicamentos e saiu para comprar cocaína, mas não teve êxito em consumar o ato.

Apesar da gravidade da violência sofrida por Fernanda, não havia boletins de ocorrência registrados por ela nem medidas protetivas solicitadas. A delegada reforçou a importância da denúncia. “Medida protetiva salva vidas. É fundamental que vítimas de qualquer tipo de violência procurem a Delegacia de Defesa da Mulher e requeiram proteção judicial”, alertou.

Com os laudos periciais concluídos e a investigação encerrada, o processo agora segue para análise do Poder Judiciário, que dará andamento ao julgamento do caso.

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