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Bolsonaro é alertado sobre público menor no ato de domingo

Por Anna Virginia Balloussier, Juliana Arreguy, Mariana Pinhoni e Gustavo Zeitel | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução de vídeo/Jair Messias Bolsonaro/Facebook
Os próprios bolsonaristas que estavam no trio elétrico reconheceram que o protesto estava mais esvaziado.
Os próprios bolsonaristas que estavam no trio elétrico reconheceram que o protesto estava mais esvaziado.

O ato chamado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (29) na avenida Paulista reuniu visivelmente menos participantes do que manifestações anteriores da direita.

Leia mais: Bolsonaristas promovem ato na Paulista para pressionar STF

Os próprios bolsonaristas que estavam no trio elétrico reconheceram que o protesto estava mais esvaziado em comparação a outros no mesmo local. Em frente ao Masp, o público não chegou a preencher um quarteirão. Do outro lado, na altura da rua Peixoto Gomide, o público se espalhou por cerca de dois quarteirões.

Já a vereadora paulistana Janaína Paschoal (PP) alertou, em rede social, que o esvaziamento do evento revela que Bolsonaro não é a única força da direita e criticou o que chamou de "egocentrismo" do ex-mandatário, apontando que isso tem afastado aliados, inclusive dentro da própria família. Janaína ainda responsabilizou Bolsonaro por parte do “retrocesso político” vivido no país.

O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL no Congresso, disse que o fato de ter sido realizado no fim do mês prejudicou o quórum na avenida. "Acho interessante quem fala que está mais esvaziado. Realmente, é o penúltimo dia do mês, o nosso povo vem sempre pagando passagem, mais as despesas de Uber."

O jogo do Flamengo contra o Bayern de Munique no mesmo dia, pela Copa do Mundo de Clubes, também pode ter desmotivado alguns, além do início das férias em muitas escolas, segundo Cavalcante.

"Mas faço um desafio à esquerda de colocar nas ruas um terço da quantidade de gente que nós colocamos", disse.

Outro fator citado por aliados do ex-presidente foram as férias escolares.

Levantamento realizado pelo Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common calculou que o público deste domingo na Paulista foi de 12,4 mil pessoas.

A medição foi feita às 15h40, momento de pico da manifestação, por meio de fotos tiradas por drones e sistemas de inteligência artificial.

A mesma contagem citou a presença de 44,9 mil pessoas no ato de 6 de abril na Paulista, e 18,3 mil pessoas em Copacabana, no ato de 16 de março.

O evento foi encerrado por volta das 16h, após o fim do discurso do ex-presidente.

Na véspera do ato, Bolsonaro participou de live promovida por aliados para tentar chamar mais apoiadores. Em falas e discursos, apoiadores falaram que é preciso perseverança diante do momento vivido pelo ex-presidente, com processo em estágio avançado no STF (Supremo Tribunal Federal).

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, disse em seu perfil do X (antigo Twitter) que a manifestação deste domingo "foi um fiasco".

"No ato esvaziado da Paulista, teve reza, teoria da conspiração, ataques ao STF, defesa de golpistas e até pedido de sanções contra o Brasil. O governador de SP tentou posar de moderado trocando a camisa amarela pela azul, mas repetiu o roteiro: atacou o PT e exaltou Bolsonaro. Está no mesmo barco. O ato foi uma derrota política", escreveu.

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Comentários

1 Comentários

  • Ordans 30/06/2025
    Tinha 1 milhão de pessoas na Paulista,mas como sempre os esquerdopatas minimizam,tinha muita gente na manifestação do ...... né