O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) determinou nesta sexta-feira, 29, o arquivamento do processo que investigava irregularidades na prestação de contas do vereador reeleito Claudinei da Rocha (MDB) nas Eleições de 2024.
A Justiça Eleitoral fixou em R$ 86.975,53 o teto de gastos para candidatos a vereador durante o período eleitoral em Franca. Foi permitido até 10% de autodoação, o que corresponde a R$ 8.697,55. Claudinei ultrapassou esse limite ao doar R$ 12.854,10 para sua campanha, conforme noticiado pelo Portal GCN/Rede Sampi em matéria publicada nesta sexta-feira.
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Apesar do autofinanciamento acima do permitido pela legislação eleitoral, o documento informa que, após analisar os valores gastos pelos vereadores eleitos em Franca, foi constatado que Claudinei da Rocha "não abusou do poder econômico".
A peça apresenta um gráfico com os montantes declarados pelos eleitos na cidade. O emedebista foi o terceiro que menos gastou, atrás de Marco Garcia, do PP (R$ 7.580), e de Donizete da Farmácia, do MDB (R$ 1.390).
"Não havendo desequilíbrio da disputa provocado por abuso do poder econômico e nem mesmo indícios de que tais recursos tenham sido oriundos de fontes ilícitas, não há razão para o prosseguimento desta", diz o documento.
Claudinei foi reeleito para seu quarto mandato no legislativo francano com 3.393 votos no pleito deste ano. "Sempre acreditei na Justiça. Estou tranquilo e ciente de que foi um erro pequeno, sem malícia e sem querer levar vantagem na questão eleitoral", disse.
"O promotor entendeu a minha defesa e determinou o arquivamento do inquérito. Agora, estou pronto para continuar o meu trabalho como vereador da nossa cidade", completou.
O documento foi assinado pelo promotor Paulo Cesar Correa Borges às 17h03 desta sexta-feira.
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Comentários
2 Comentários
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Gabiroba 01/12/2024E o camarada do PL? Conseguiu se livrar do crime eleitoral tbm? Parabéns MP por afrouxar as regras após os poderosos infringirem e tirar muita vantagem com campanhas dignas de prefeito! Aiiinnnn pobrezinhos, eles não sabiam que não podiam gastar tanto.....
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ALEXANDRE CESAR LIMA DINIZ 01/12/2024Não entendi, a referência não tinha que ser os que não foram eleitos porque cumpriram a lei? O abuso do poder econômico refletiu no resultado em relação àqueles que cumpriram a lei e não foram eleitos, visto que se tivessem agido como o candidato eleito que abusou eles poderiam ter sido eleito e não ele.