JULGAMENTO

Justiça absolve três homens acusados de participar do assassinato de contador em Franca

Segundo o promotor, as provas colhidas durante o inquérito foram insuficientes para que houvesse condenação contra os três acusados.

Por Tiago Vieira | 26/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Reprodução

Alexsander Silva Terêncio: morto em seu escritório no Jardim Redentor, em Franca
Alexsander Silva Terêncio: morto em seu escritório no Jardim Redentor, em Franca

Os três homens acusados de matar a tiros o contador Alexsander Silva Terêncio de 45 anos, no Jardim Redentor, em Franca, foram absolvidos na tarde desta quinta-feira, 25, no Fórum de Franca.

Maycon Fernando Oliveira, de 34 anos, Marcos Vinicius de Oliveira, de 26, e Wendel Silva Braúlio de 24, foram absolvidos pela Justiça.

Maycon, apontado como atirador, foi o primeiro a ser preso. No seu depoimento à DIG (Delegacia de Investigações Gerais), em abril de 2022, disse ter cometido o ato por receber a promessa de pagamento no valor de R$ 2,5 mil do pai de santo Juliano Melo da Silva, apontado como mandante do crime e que está foragido.

Os três homens negaram as acusações diante da Justiça, mudando suas versões referente ao primeiro depoimento em 2022.

Segundo o promotor Odilon Nery Comodaro, as provas colhidas durante o inquérito foram insuficientes para que houvesse condenação contra os três acusados. A falta de testemunhas que pudessem representar no processo em juízo foi um dos motivos.

Os três homens estavam presos desde maio de 2022 e foram soltos após o julgamento.

O promotor explicou à reportagem do portal GCN/Sampi sobre por que o julgamento do pai de santo, apontado como mandante do crime, ocorrerá de forma separada. “Quando foi proferida a decisão que encaminhou o caso para julgamento pelo Tribunal do Júri, somente o advogado de Juliano recorreu da decisão, e por isso o processo precisou ser desmembrado”, disse Odilon.

Ainda de acordo com o promotor, o caso do pai de santo foi reavaliado no Tribunal de Justiça de São Paulo, sendo mantida a decisão proferida pela a Vara do Júri de Franca. “Dentro de pouco tempo será marcada a data do julgamento dele, mesmo estando foragido. O fato de ter contratado um advogado, isso basta perante a lei para que o processo prossiga sem sua presença”, completou Odilon.

O crime
O assassinato aconteceu por volta de 9h30 do dia 11 de maio de 2021, no escritório da vítima, na avenida Moacir Vieira Coelho Neto, no Jardim Redentor.

Dois homens chegaram ao local, que concentra vários estabelecimentos comerciais, em uma motocicleta. Um terceiro envolvido soltou fogos de artifício para distrair a população e, possivelmente, confundir com o barulho dos disparos que fariam.

Em seguida, subiram até a sala onde fica o escritório de contabilidade e executaram Alexsander com três tiros no rosto.

Alexsander Terêncio, 45, era contador, mas foi na política que construiu grande círculo de amizades. Por anos participou da executiva do PT, em Franca. Foi também assessor parlamentar do médico Lavínio Camarin durante seu mandato de vereador em Franca, também pelo PT. Fez parte ainda da equipe do deputado federal Arlindo Chinaglia, do mesmo partido.

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2 COMENTÁRIOS

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  • Alexandre Cesar Lima Diniz
    27/04/2024
    Ou seja, garantida a impunidade, os criminosos confessaram o crime na polícia, deram toda a dinâmica do crime, mas o MP achou pouco. O interessante é que ainda o ministério público fez outro grande deserviço a segurança, ensinou que sem testemunha não há condenação, incentivando os assassinos a matarem também as testemunhas.
  • Dirceu
    26/04/2024
    Mais uma vez acabou em pizza... O cara confessou q matou e nem assim ficou preso. É uma vergonha que uma história de advogado inocente bandido confesso. Essa justiça está cega demais.. se fosse um ladrão de doce em supermercado estaria atrás das grades.