EXECUÇÃO

Assassino de contador diz que foi contratado por R$ 2,5 mil, mas levou calote

Por Kaique Castro | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Kaique Castro/GCN
Acusado de matar contador foi ouvido nesta terça, na sede da DIG
Acusado de matar contador foi ouvido nesta terça, na sede da DIG

O acusado de matar a tiros o contador Alexsander Terêncio, 45, em maio do ano passado, contou em seu depoimento aos policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) que o crime foi encomendado por um pai de santo, no valor de R$ 2,5 mil e que não foi pago. O homem foi preso na noite dessa segunda-feira, 11.

De acordo com o delegado Márcio Murari, responsável pelas investigações, o auxiliar de armador, de 32 anos, que atirou três vezes contra o contador, confessou o crime, mas disse que não sabia qual a motivação da execução.

“Ele disse que foi contratado por R$ 2,5 mil para assassinar o contador. Entretanto, ele alega que não sabia a motivação, que apenas foi contratado e seguiu as orientações deste pai de santo”, disse o delegado.

Ainda segundo Murari, após a execução do crime, o auxiliar, que não teve o nome divulgado pela Polícia Civil, ficou escondido junto com o motociclista que o levou até o escritório.

“Depois do crime, ele fugiu com o rapaz da moto. Cerca de uma hora depois, foi até o centro de umbanda, de Uber. Lá ele não encontrou o pai de santo e ficou sem receber o valor combinado”, disse o delegado.

A Polícia Civil também não informou o nome do pai de santo, mas de acordo com apurado pela reportagem, o suspeito seria conhecido como “Pai Juliano”.

Motivo da execução
Murari afirma que o crime pode ter várias motivações, mas que a principal suspeita seja uma fraude financeira em uma Prefeitura de Minas Gerais.

“Nós estamos levantando as informações que isso (homicídio) teria a motivação pelo fato de o contador (Alexsander) do pai de santo e outras pessoas poderem estar envolvidas em uma fraude financeira”, finalizou o delegado.

Segundo apurou a reportagem, Alexsander seria contador/tesoureiro no terreiro comandado por “Pai Juliano”, que não é visto no local há mais de um ano.

Acusado segue preso
Após ser ouvido na delegacia, o auxiliar de armador foi levado até a Cadeia Pública do Guanabara, onde aguarda pela prisão temporária. Segundo o delegado, ele pedirá a prisão preventiva do acusado e ele responderá pelo homicídio.

Já o suposto mandante, que já possui um mandado de prisão por conta da fraude na Prefeitura, segue foragido.

Os outros dois envolvidos estão em liberdade e devem responder por co-autoria do homicídio.

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