Dados divulgados pela Secretaria de Administração Penitenciária apontam superlotação na penitenciária de Franca. Projetada para abrigar até 751 detentos, os números revelam que a população carcerária ultrapassa em 58,8% a capacidade máxima, chegando a 1.193 presos na última quinta-feira, 8.
Segundo a pasta ligada ao Governo do Estado de São Paulo, os presos são incluídos por tipificação penal, condenação e grau de periculosidade. O presídio abriga 86 detentos em regime semiaberto, 341 provisórios e 860 condenados. Não foram informados os crimes predominantemente cometidos para a detenção deste público.
Localizada na avenida Sidney Romeu de Andrade, no bairro City Petrópolis, a unidade da zona Norte de Franca, conta com dois pavilhões de trabalho e serviços externos, além de seis salas de ensino regular para comportar a população carcerária. A SAP não informa o número de agentes trabalhando por questão de segurança.
A superlotação no sistema prisional não é exclusividade de Franca. Ainda na região, a capacidade é de 865 detentos na penitenciária de Ribeirão Preto. Limite que foi superado pelas 1.286 pessoas que estão aguardando julgamento ou cumprindo penas no município vizinho.
Aumento da criminalidade
A superlotação vem ao encontro do aumento da criminalidade em Franca. Em matéria publicada pelo Portal GCN/Rede Sampi no dia 26 de janeiro, com dados da Secretaria de Segurança Pública, os casos de latrocínio, roubo de veículo, estupro e homicídio dispararam em 2023 comparado com 2022.
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Violência dispara em Franca: 25 pessoas foram assassinadas em 2023
As estatísticas mostram que 15 pessoas foram assassinadas na cidade em 2022, enquanto em 2023 foram 25. Com 47,5% de aumento, a disparada do estupro também chama a atenção ao pular de 80 casos em 2022 para 118 em 2023 – em média, uma pessoa foi estuprada a cada três dias na cidade.
O latrocínio, roubo seguido de morte, vitimou uma pessoa no último ano, algo que não acontecia desde 2018. Já o roubo de veículos fecha o levantamento saltou de 85 casos para 99.
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Comentários
8 Comentários
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Mariza 15/02/2024Existem algumas prisões-modelo no Brasil. Ex.: Centro Penal Agro-Industrial da Gameleira, Mato Grosso do Sul; o modelo APAC ( Associação de Proteção e Amparo aos Condenados ), que funciona em mais de 30 unidades em Minas gerais e no Espírito Santo e etc. etc. etc. Há que se ter disposição e sensibilidade, para se investir em prisões que ressocializam e reintegram o preso na sociedade ...
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Anesio Borges 12/02/2024Se eles estão lá então não estava na capacidade máxima.
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Francaninho 12/02/2024Reflexo de leis frouxas e governantes que estão pouco se lixando pra população. E se o Alexandre for reeleito nossa cidade piorarará ainda mais ! Governo que passa a mão na cabeça de nóia, mendigo e ladrão...é lamentável.
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Rafael 12/02/2024se tem 58% a mais é porque cabe e cabe ate mais! ????
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Wilson Silva 11/02/2024Dá um jeitinho de apertar mais um pouco aí, porque o que têm de bandidos aqui fora, si a justiça resolver prender todos os que são pegos roubando e assaltando todos os dias na cidade, vão ter que fazer mais umas 3 unidades iguais ao CDP atual.
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André 11/02/2024se tem 1193 é pq cabe isso tudo, parem de defender bandido
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Guijermo 11/02/2024Todos sabemos qual é a solução, mas vocês não estão preparados para esta conversa. Bandido bom é bandido...
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Paulo silva 11/02/2024Qual a média dessa população carcerária? Se tiveram entre 20 e 40 anos na sua maioria.... Lembre se que o estado errou nos cuidados e educacao