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Moradores da Rio Negro e Solimões precisam andar 9 vezes mais para fugir de lama

Por Gabriel Garcia | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
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Estado atual da rodovia Rio Negro e Solimões, que segue interditada
Estado atual da rodovia Rio Negro e Solimões, que segue interditada

Interditada desde o dia 9 deste mês, a rodovia Rio Negro e Solimões continua trazendo dor de cabeça para os moradores do bairro Villaggio San Rafaello, na zona rural de Franca. Anteriormente as pessoas da região estavam ilhadas, mas agora o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) liberou para eles um caminho alternativo, que aumentou em quase nove vezes a viagem para chegar até Franca.

Antes ilhados, agora os moradores têm acesso a outra via, pela estrada da Cevasa, tomam uma alça que dá o balão por onde moram e assim saem pela rodovia Cândido Portinari, onde precisam percorrer um trajeto de 35,7 km.

“O trecho normal, vindo do aeroporto de Franca tem 4 quilômetros, esse é o que está impedido. O trecho pelo desvio da Cevasa vai para 35 quilômetros, ou seja, 31 quilômetros a mais”, explicou Thiago Geminiano de Oliveira, 42, bancário, morador no bairro.

“Foi feita a manutenção para que fosse possível o tráfego por esse caminho, vindo pela Cevasa. Tem um outro vindo pelo trevo de Restinga, mas que tem muita terra e acaba demorando mais – inclusive, vários carros atolaram por ele – e tem o vindo por Patrocínio Paulista, que demora mais ainda”, relata, indignado.

Com a pista da Rio Negro e Solimões interditada, os moradores passam também por outras dificuldades, como o atraso sofrido na semana passada na coleto do lixo no bairro, além de vários atrasos no ônibus que levam suas crianças para as escolas.

“Com os horários, tendo em vista que temos muitas crianças que moram no bairro, além das pessoas que trabalham fora do bairro, a situação, que já era grave por conta da falta de manutenção da rodovia sem pavimentação, se agravou com a sua interdição”, disse.

Thiago finaliza repudiando o descaso que o bairro vem sofrendo. “Não apenas do DER, mas do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura de Franca, já que, apesar da via ser uma rodovia estadual, o bairro isolado é urbano, aberto, aprovado e faz parte da jurisdição do município”.

Na data anterior das reclamações dos moradores, imagens e vídeos registrados por eles mostravam a antiga e atual situação dos trechos que precisam percorrer para chegar até suas residências. Caminhonetes, carros e até mesmo uma retroescavadeira foram "engolidos" pela estrada de terra.

O GCN entrou em contato com o DER de Franca, que passou o número da sede em São Paulo, que não funciona.

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Comentários

2 Comentários

  • Henrique 28/03/2023
    Absurdo! Que descaso com a população!
  • Marilucia Nassif 28/03/2023
    Penso também em problemas mais sérios que podem acontecer, como a necessidade de um atendimento médico de urgência por um acidente ou enfermidade, ou até mesmo uma picada de animal peçonhento como chegaremos até um hospital em tempo?