O Guarani chega à reta final do Paulistão 2024 com problemas não só na tabela, mas também no vestiário. O afastamento de dois jogadores nesta semana surpreendeu e se tornou uma dor de cabeça entre atletas e diretoria. Até o momento, o Conselho Administrativo não se pronunciou.
Lucas Araújo e Wenderson foram afastados pela diretoria durante a viagem para o CT Dartanhã, em Guararema. Os volantes estiveram em uma festa na última segunda-feira, 19, dia de folga dos atletas. No entanto, após publicações no evento, a dupla foi afastada pela diretoria.
A decisão não agradou ao elenco, uma vez que outros atletas também estiveram na festa, que era do atacante Neílton, ex-jogador do Bugre. Além disso, muitos se mostraram surpresos, já que não gostaram da forma como o superintendente do clube, Danilo Silva, anunciou o afastamento.
“Cinco minutos depois [o ônibus] deu meia volta e retornou ao estádio. Estranhando, fui chamado pelo diretor Danilo, que me orientou a sair do ônibus com ele. O dirigente em questão já havia me cumprimentado dentro do veículo”, contou o volante Wanderson, durante a semana.
“Como meu lugar, marcado, ficava no fim do ônibus, quase todos os meus companheiros me perguntaram o que estava ocorrendo enquanto eu saía. Mas eu não sabia. Saltei do veículo com o diretor e perguntei a ele o que estava acontecendo. Ele me disse que eu não mais viajaria, pois havia recebido essa ordem”, declarou.
Em silêncio
Apesar da chateação do elenco, o Guarani ainda não se pronunciou sobre o caso dos volantes. Nem mesmo o afastamento foi anunciado pela diretoria. Na quinta-feira, 22, a Sampi Campinas entrou em contato com o Conselho de Administração, que ignorou as mensagens e se manteve omisso a respeito da polêmica.
Enquanto isso, em Guararema, a delegação mantém o propósito de afastar os jogadores da ‘pressão’. Sem jornalistas ou torcedores, apenas o volante Anderson Leite se pronunciou recentemente, em entrevista a assessoria de imprensa do Bugre.
Na entrevista, o atleta não foi questionado nem citou os afastamentos. Os únicos pontos envolvidos foram a importância do treinamento fora de Campinas e a respeito da partida decisiva no domingo, 25, diante do São Paulo, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa.
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“A importância é muito grande. Sabemos do momento que estamos vivendo e vir para cá nos ajuda a treinar melhor, se concentrar e ter uma ideia de treinamento sem pressão. Então, é importante para que a gente possa reagir já no domingo contra o São Paulo”, comentou.
Ainda nesta sexta-feira, 24, a expectativa é de uma entrevista com o treinador Claudinei de Oliveira, também via assessoria. Ainda à tarde, toda a delegação bugrina retorna a Campinas.
Zona de rebaixamento e premiação
Fora a chateação do elenco e o silêncio da diretoria, o Guarani ainda luta contra o rebaixamento no Paulistão 2024. Com apenas uma vitória e seis derrotas, a equipe tem apenas cinco pontos e a segunda pior campanha da competição. Portanto, neste momento, cairia para a Série A2 do Paulista.
Ainda restam três jogos, diante de São Paulo, Botafogo (SP) e Red Bull Bragantino. Assim, a diretoria espera que o clube possa marcar mais pontos do que os adversários diretos, para fugir do rebaixamento e seguir na primeira divisão.
Informações que circulam pelos corredores do Brinco de Ouro indicam ainda que o Conselho Administrativo prometeu uma premiação para jogadores e comissão técnica, caso o Bugre não caia.
Essa não seria a primeira vez que o Bugre promete um bicho para os atletas. Nos duelos diante do Ituano e Santo André, o Conselho de Administração ofereceu R$ 300 mil em caso de vitória. No entanto, o Bugre perdeu e empatou, respectivamente.