Queridos leitores,
Chegamos ao fim de mais um ano e com ele, mais 52 artigos publicados sobre saúde, exercício e a delicada arte de envelhecer melhor neste Jornal. E antes de qualquer coisa, eu quero agradecer. De verdade. Porque, no fundo, escrever é uma espécie de corrida sem linha de chegada visível: a gente lança palavras no mundo sem saber exatamente quem as encontra… e, quando encontra, se elas viram companhia, impulso, escolha.
Eu descubro vocês nos lugares mais humanos possíveis. Às vezes, numa fila de padaria, quando alguém comenta que lê meus artigos aos domingos. Outras vezes, na escada da Esalq, depois do meu treino de corrida, quando um “eu li aquele texto” chega como um gesto simples e, ainda assim, enorme. É nesse encontro improvável que eu percebo: existe sempre um outro lado, mesmo quando a gente escreve olhando apenas para a página. Existe um leitor que responde, mesmo sem responder. E isso me atravessa.
Estou no Jornal desde 2012. São 13 anos de contribuição, parceria e constância. Mas eu nunca fiz isso sozinho. Nenhum texto nasce completamente “meu”; sempre tem uma rede invisível sustentando cada linha, como se o sentido precisasse de mais de uma respiração para existir. Por isso, ao menos uma vez no ano, eu gosto de parar e agradecer às pessoas que ajudam a levar informação atualizada até você com responsabilidade, cuidado e carinho.
Meu obrigado especial ao Diretor do Jornal de Piracicaba, Marcelo Batuira, pela oportunidade e pela aposta. E à minha editora, Nani Camargo, que é aquela presença firme que protege o texto de mim mesmo, inclusive das correções e dos erros que eu costumo aprontar pelo caminho. E a minha esposa e filha, base de qualquer aventura ou projeto.
Ao longo do ano, nós falamos sobre como envelhecer melhor, sobre as drogas de GLP-1 e seus efeitos no emagrecimento, sobre peptídeos e promessas de juventude, e acima de tudo sobre como o exercício continua sendo uma das tecnologias mais bonitas que existem: aquela que não compra tempo, mas constrói autonomia. Porque no fim, o que a gente busca não é viver “mais” apenas… é viver com presença, com mobilidade, com dignidade e com o corpo participando da vida, não assistindo de longe.
E tem uma coisa curiosa: muitas vezes, o que nos move não é o que está totalmente explicado. É um pequeno vazio, uma falta discreta, uma pergunta sem resposta perfeita. É isso que faz a gente levantar, calçar o tênis, tentar de novo, escolher melhor, buscar saúde como quem busca casa. Talvez você leia um artigo e sinta algo que não dá nome, mas que empurra para frente. E eu gosto de pensar que esse “não sei o quê” é o lugar onde a mudança nasce: quando o desejo encontra um caminho.
Em 2026, eu conto com você. Para que, através da leitura do Jornal, a gente siga mais perto da longevidade e mais longe das doenças evitáveis. Obrigado a toda comunidade que me lê, à que eu cuido e à que me segue. Obrigado por fazer do meu texto um encontro.
Que seu novo ano venha com mais fôlego, mais clareza, mais corpo… e com um tipo de força silenciosa que não precisa provar nada apenas continuar.
Feliz 2026 e um próspero Ano Novo.
Rogério Cardoso é personal trainer e preparador físico, membro da Sociedade Brasileira de Personal Trainer SBPT e da World Top Trainers WTTC.