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Ações da Azul despencam após avanço da recuperação judicial; veja

Por Will Baldine | Jornal de Piracicaba |
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Por volta das 12h30, os papéis da empresa recuavam 8,49% e eram negociados a R$ 0,97 centavos
Por volta das 12h30, os papéis da empresa recuavam 8,49% e eram negociados a R$ 0,97 centavos

As ações da companhia aérea Azul apresentaram queda no pregão desta segunda-feira (15/12) na Bolsa de Valores do Brasil (B3). Por volta das 12h30, os papéis da empresa recuavam 8,49% e eram negociados a R$ 0,97 centavos.

Saiba Mais:

Na sexta-feira (12/12), a Azul comunicou ao mercado que o plano de recuperação judicial apresentado nos Estados Unidos foi aprovado pela Justiça norte-americana. O processo ocorre no âmbito do Chapter 11, instrumento jurídico utilizado para reorganização financeira de empresas. Segundo a companhia, o plano obteve mais de 90% de aprovação entre as classes de credores com direito a voto.

Com a decisão, a empresa avança na reestruturação iniciada em maio, quando protocolou o pedido de recuperação judicial nos EUA. A Azul foi a última, entre as principais companhias aéreas em operação no Brasil, a recorrer ao Chapter 11.

De acordo com informações divulgadas pela empresa, a reestruturação prevê redução superior a US$ 3 bilhões em dívidas. O plano também inclui ajustes em contratos de arrendamento de aeronaves, diminuição de despesas com juros anuais e revisão de custos relacionados à frota.

Em comunicado, a companhia informou que a proposta aprovada contempla novos acordos comerciais e mudanças em contratos de leasing. A Azul afirma que as medidas visam reorganizar sua estrutura financeira após a conclusão do processo judicial.

Outro ponto previsto no plano é a realização de uma oferta pública de ações que pode chegar a até US$ 950 milhões. A operação será realizada em etapas e inclui a conversão de créditos de parte dos credores em participação acionária.

Analistas de mercado avaliam que a aprovação do plano aproxima a empresa do encerramento da recuperação judicial. O Bradesco BBI projeta que, ao final do processo, a companhia apresente um balanço com menor nível de endividamento, em função da conversão de dívidas em ações e de novos aportes de capital. Por outro lado, há expectativa de diluição da participação de acionistas minoritários devido à emissão de novos papéis.

A Azul entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos no fim de maio. A empresa informou que a escolha pelo sistema jurídico norte-americano ocorreu em razão da maior flexibilidade da legislação local e do fato de grande parte de seus credores e contratos estarem vinculados ao estado de Nova York.

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