NOVAS REGRAS

Sexo no casamento: VEJA o que é permitido, segundo o Vaticano

Por Da redação |
| Tempo de leitura: 2 min
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Em uma revisão considerada histórica, o Vaticano divulgou no fim de novembro um novo documento que reorganiza a visão da Igreja Católica sobre sexo dentro do casamento. A orientação, apresentada na nota Una Caro (“Uma Só Carne”) e aprovada pelo papa Leão XIV, atualiza princípios tradicionais e responde a questionamentos que surgiam especialmente entre bispos africanos sobre matrimônio e práticas culturais como a poligamia.

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Embora a doutrina já tivesse passado por mudanças desde o Concílio Vaticano II, a nova formulação consolida de forma definitiva a ideia de que a sexualidade conjugal não se limita à função de gerar filhos, ampliando seu valor afetivo e espiritual.

Monogamia no centro da doutrina renovada

O texto reforça que a união entre marido e mulher deve ser marcada por exclusividade total, conceito definido como “pertencimento mútuo”. A posição busca orientar fiéis em sociedades onde práticas poligâmicas e modelos de relacionamento múltiplos ainda são comuns.

Entenda as três novas diretrizes anunciadas

O documento reorganiza a abordagem da Igreja ao sexo conjugal e estabelece três novas orientações que passam a integrar oficialmente a doutrina:

  • Sexo continua válido mesmo quando não pode gerar filhos: A Igreja reconhece que casais inférteis vivem plenamente o sacramento do matrimônio e podem expressar sua unidade por meio da intimidade.
  • Não é preciso ter intenção de procriar em toda relação: O Vaticano esclarece que o ato sexual pode ser expressão legítima de amor e entrega, mesmo quando não há busca ativa pela concepção.
  • Relações nos períodos naturalmente inférteis são legítimas: O casal pode recorrer a esses momentos tanto para planejar quanto para escolher com responsabilidade a chegada de novos filhos.

Uma mudança construída ao longo do tempo

A nova orientação representa a consolidação de transformações iniciadas há décadas. A visão rígida dos séculos passados — que recomendava abstinência em longos períodos litúrgicos — foi sendo revista. Em 1992, o Catecismo já reconhecia o caráter afetivo da sexualidade. Agora, Una Caro formaliza essa evolução e estabelece uma diretriz mais clara sobre a vivência conjugal.

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