Piracicaba registrou em 2025, entre janeiro e novembro, 76 casos de HIV/Aids. Proporcionalmente, esse número é menor em relação ao ano passado, quando foram registrados 120 casos. Os números foram divulgados pela Secretaria da Saúde a pedido do Jornal de Piracicaba.
Já nos últimos 10 anos (entre 2015 e 2024), Piracicaba registrou 939 casos de HIV/Aids, segundo dados da Vigilância Epidemiológica. A maioria é de pessoas do sexo masculino, com predominância entre adultos (40 a 59 anos) e adultos jovens (25 a 39 anos).
A Secretaria da Saúde informou ainda que, entre as várias ações realizadas sobre prevenção, destacam-se as ações educativas como as realizadas recentemente pelo Cedic (Centro de Doenças Infectocontagiosas) no Centro Cívico, com oferta gratuita de testes rápidos para HIV e sífilis, autotestes, orientações e distribuição de insumos de prevenção, como preservativos e gel lubrificante.
Integrada à Campanha Fique Sabendo 2025, a atividade teve como objetivo ampliar o acesso ao diagnóstico precoce, intensificar a prevenção e combater o estigma relacionado ao HIV e outras ISTs.
As chamadas ações extramuros têm objetivo de estimular as pessoas que não acessam regularmente os serviços de saúde a realizar a testagem de forma rápida, segura e sigilosa. Também são realizadas ações na rede municipal de Saúde, om oferta regular de testes e muitas ações de qualificação voltada aos profissionais de saúde.
Há ainda atividades realizada pelo Cedic em parceria com a Organização da Sociedade Civil Caphiv, Consultório na Rua, da Atenção Básica e de outros parceiros da rede municipal, reafirmando o compromisso de Piracicaba em avançar rumo à eliminação do HIV como problema de saúde pública.
NO BRASIL
Em 2024, o Brasil registrou 39.216 detecções de HIV, com uma taxa de 18,4 casos por 100 mil habitantes. A mortalidade relacionada ao HIV foi de 9.157 óbitos, o que representa uma queda de 12,8% em relação ao ano anterior.
Embora houve um aumento na detecção de infecções, o Ministério da Saúde atribui essa mudança ao aumento de testes realizados, o que tem ajudado na identificação precoce de pessoas infectadas.
Vale lembrar que uma infecção por HIV não equivale a um caso de aids. O HIV é o vírus da imunodeficiência humana, que pode evoluir para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids ou SIDA) sem o tratamento adequado. Com as novas terapias, porém, é possível manter o vírus em níveis controlados que não produzem os sintomas graves e potencialmente fatais.