Caminhoneiros de várias regiões do país planejam uma paralisação nacional na próxima quinta-feira, 4 de dezembro. As lideranças afirmam que o movimento não está relacionado a disputas políticas nem à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo eles, a ação visa exclusivamente a defesa da categoria.
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Júnior Sindicam, que participou da paralisação de 2018, está entre os organizadores e voltou a mobilizar caminhoneiros pelas redes sociais. Ele apresentou uma lista de demandas consideradas prioritárias pelo grupo.
Entre os pedidos estão estabilidade no contrato de trabalho, revisão do Marco Regulatório do Transporte de Cargas, anistia a participantes de manifestações anteriores, manutenção do piso e das regras de eixos, criação de linhas de crédito específicas, congelamento de dívidas, isenção de pesagem entre eixos, aposentadoria especial após 25 anos de atividade e cumprimento da lei do eixo erguido nos pedágios.
O movimento também solicita incentivos econômicos, como isenção de IPI na troca de veículos, subsídio ao diesel, redução da mistura de biodiesel, reserva de cargas de empresas estatais para transportadores autônomos, criação de escolas para filhos de caminhoneiros e implementação de uma Justiça do Transporte. Outras reivindicações incluem a suspensão da Lei do Descanso e a anistia de multas aplicadas devido à falta de infraestrutura nas rodovias.
As lideranças afirmam que, caso não haja negociação com o governo, a paralisação poderá se intensificar nos próximos dias. Até o momento, não foram divulgados pontos específicos de bloqueio ou detalhes sobre a extensão do movimento.