Há uma frase que resume bem o que move Piracicaba e o que deveria mover o Brasil: “O Brasil que dá certo é o Brasil que trabalha.”
Aqui, enquanto muitos discutem, a indústria entrega. Entrega resultados, empregos, inovação e esperança. Produz energia, sustento e futuro. E é disso — desse Brasil que acorda cedo, que investe, que corre riscos e gera oportunidades — que o país precisa voltar a se orgulhar.
Piracicaba é, há décadas, um símbolo do trabalho que transforma. Terra de engenhos, de tecnologia e de força produtiva, a cidade soube unir tradição e modernidade como poucas no país. A energia que nasce das nossas caldeiras, turbinas e motores é mais do que potência industrial: é símbolo da nossa identidade.
Representa o que o Brasil tem de mais nobre: a capacidade de produzir com excelência e seguir adiante, mesmo diante das adversidades.
Mas é preciso dizer: o setor produtivo tem carregado, quase sozinho, o peso de um país que ainda não aprendeu a valorizar quem gera riqueza.
Enquanto o empreendedor luta para manter sua fábrica de pé, enfrenta burocracias, impostos e inseguranças jurídicas que freiam o crescimento. É nesse cenário que o papel da indústria se torna ainda mais heroico ( porque ela não desiste).
Piracicaba não para.
Enquanto outros prometem, aqui se produz.
Como empresário e presidente do SIMESPI, testemunho diariamente o esforço de centenas de indústrias que, mesmo em meio a desafios globais, seguem investindo, capacitando e inovando. São empresas que acreditam no poder do trabalho coletivo e que sabem que desenvolvimento não se faz com discursos, mas com produtividade e responsabilidade.
É dentro dos galpões, nos pátios e escritórios, que o verdadeiro progresso acontece: silencioso, constante e eficiente.
O futuro do Brasil passa, inevitavelmente, pela valorização da indústria nacional. Sem um setor produtivo forte, não há soberania, não há crescimento sustentável, não há geração de oportunidades.
A indústria é o coração da economia real; aquela que transforma matéria-prima em valor, conhecimento em inovação e trabalho em dignidade.
E é por isso que precisamos resgatar o orgulho de produzir.
O orgulho de ser um país que não vive apenas de promessas, mas de resultados.
Um país que entende que a prosperidade coletiva nasce do esforço individual — do trabalhador, do empreendedor, do técnico, do engenheiro, do pequeno e do grande industrial que acredita no Brasil.
Piracicaba é exemplo desse espírito.
Somos a cidade que fabrica caldeiras que movem usinas, turbinas que geram energia e equipamentos que alimentam o mundo. Mas também somos a cidade que forma profissionais, que investe em pesquisa, que exporta tecnologia e que nunca perdeu o vínculo com o chão da fábrica.
O Brasil precisa olhar para esse modelo e entender: o verdadeiro motor do país está aqui, nas regiões que produzem, inovam e empregam.
Está no empresariado que acredita no futuro e não se rende à inércia.
Está em cada pessoa que, com esforço diário, transforma um turno de trabalho em oportunidade de crescimento.
O Brasil que dá certo é aquele que respeita quem trabalha, que incentiva quem produz e que entende que riqueza não é sorte — é suor.
É esse Brasil que queremos reconstruir: mais produtivo, mais responsável, mais comprometido com o desenvolvimento.
E é daqui, de Piracicaba, que esse exemplo continua a pulsar com força. Enquanto muitos falam, a indústria entrega.
E é dela que o Brasil precisa voltar a se orgulhar.
Erick Gomes é empresário, presidente do SIMESPI e do MDB Piracicaba.