EM PIRACICABA

É HOJE: Acusados pelo assassinato de Madalena vão a júri popular

Por Da redação/Pira1 |
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Madalena foi encontrada morta dentro de casa, no dia 7 de abril de 2021.
Madalena foi encontrada morta dentro de casa, no dia 7 de abril de 2021.

 Quase quatro anos após o brutal assassinato da ex-vereadora Madalena Leite, ícone político e liderança histórica da comunidade LGBTQIA+ na cidade, o caso finalmente chega ao Tribunal do Júri nesta quarta-feira (19) — e promete recolocar o crime entre os mais impactantes da década.

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Aos 64 anos, Madalena foi encontrada morta dentro de casa, em 7 de abril de 2021, no Vila Sônia, com sinais evidentes de violência. O corpo foi descoberto por um vizinho, que, estranhando o silêncio incomum, entrou no imóvel e se deparou com uma cena devastadora. A notícia se espalhou como choque elétrico pela cidade.

Logo nos primeiros dias, a Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) reuniu peças que apontavam para uma rixa interna na comunidade que Madalena liderava há anos no bairro Boa Esperança. Um dos homens próximos a ela — descrito como seu “braço direito” — havia sido afastado por problemas de convivência. A partir disso, segundo os investigadores, formou-se um plano de vingança que culminou no assassinato.

Três suspeitos foram presos apenas três dias após o crime. Na operação, policiais apreenderam drogas, dinheiro e objetos da própria ex-vereadora, indicando que o grupo teria aproveitado o ataque para saquear o local. Os mesmos investigados também são apontados como envolvidos em outro homicídio na cidade.

Agora, depois de anos de espera, a Justiça determinou que os três enfrentarão o júri popular. A sessão está marcada às 9h, no Fórum de Piracicaba, em um esquema reforçado de segurança. As identidades dos réus não foram divulgadas oficialmente.

A morte de Madalena deixou uma ferida profunda na cidade. Eleita em 2012 com mais de 3 mil votos, ela foi a primeira travesti a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal e, muito antes de ganhar as urnas, dedicou mais de duas décadas ao trabalho comunitário com famílias vulneráveis. Para muitos, ela representava coragem, representatividade e acolhimento.

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