132 MORTOS

Japinha do CV morre em megaoperação letal no Rio de Janeiro

Por Da redação |
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

A traficante Penélope, também conhecida como “Japinha do CV”, morreu em confronto com forças de segurança durante a megaoperação que paralisou os complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, na terça-feira (28). Considerada uma das principais peças do Comando Vermelho (CV), ela era tida como figura de confiança da liderança local e atuava na proteção de rotas de fuga e defesa de pontos estratégicos de tráfico.

VEJA MAIS:


  • Clique aqui e receba, gratuitamente, as principais notícias da cidade, no seu WhatsApp, em tempo real. 

Fontes das forças de segurança confirmaram que Japinha foi atingida por disparos de fuzil após reagir à abordagem. Ela vestia roupa camuflada e colete tático com espaços para carregadores, o que reforça seu papel ativo no enfrentamento contra os agentes. O corpo da criminosa foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, depois de horas de tiroteio intenso.

A morte de Penélope ocorreu no contexto da operação mais sangrenta da história do Rio de Janeiro, que até o momento soma 132 mortes, incluindo 4 policiais — dois civis e dois militares — e 81 prisões confirmadas. Segundo o Ministério Público do Estado (MPRJ), o número de vítimas foi atualizado após moradores levarem mais de 70 corpos para a Praça São Lucas, no interior do Complexo da Penha, durante a madrugada de quarta-feira (29).

A ação contou com a participação de 2,5 mil agentes de diversas corporações, como Polícia Militar, Polícia Civil e unidades especiais, em uma ofensiva para desarticular o Comando Vermelho, enfraquecer suas bases de comunicação e frear a expansão territorial da facção. O Palácio Guanabara classificou a operação como “necessária diante da escalada de violência e do poder bélico do crime organizado”.

Moradores relataram uma madrugada de terror, marcada por tiroteios, explosões e o sobrevoo constante de helicópteros. O confronto se concentrou nas áreas da Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro, onde o som das rajadas se estendeu até o amanhecer. Segundo os agentes, túneis e rotas clandestinas entre muros e casas foram identificadas, usadas para a fuga de criminosos — uma tática semelhante à empregada na emblemática operação de 2010.

Esta operação expôs novamente o nível de poder de fogo da facção, que, pela primeira vez, utilizou drones equipados com explosivos para atingir unidades de elite da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Em um dos ataques, os criminosos conseguiram interromper temporariamente o cerco armado e monitorar o avanço dos policiais em tempo real.

Ao todo, as equipes apreenderam mais de 90 armas, incluindo fuzis de guerra, explosivos e 200 quilos de drogas. Também foram recolhidos rádios comunicadores e munições de alta potência, confirmando a estrutura de combate montada pelo grupo.

Comentários

Comentários