O volante Carlos Manuel, capitão do tricampeonato do XV de Novembro na Copa Paulista, é só sorrisos. Para ele, essa conquista será sempre lembrada eternamente pelos torcedores. A emocionante vitória por 2 a 0, diante do Primavera, no sábado (11), no estádio Barão da Serra Negra completamente lotado, mostrou a garra e a maturidade de um time que não desistiu em nenhum momento. Foi derrotado na partida de ida, por 1 a 0, em Campinas, mas teve forças para virar o jogo e levantar a taça com o placar agregado de 2 a 1.
Com a experiência de ter atuado por 10 anos no Atlético-MG, desde a formação até o time principal, e rodado o interior de Minas Gerais e de São Paulo, o volante liderou o grupo vencedor. Designado pelo técnico Moisés Egert para ser o seu homem de confiança dentro de campo, Carlos Manuel não decepcionou. No final, foi agraciado com a honra de erguer o troféu de campeão, que colocou o Alvinegro entre os maiores vencedores da competição – três conquistas (2016, 2022 e 2025), ao lado do Paulista de Jundiaí.
O meio-campista diz que um dos grandes méritos do Glorioso Esquadrão no título da Copa Paulista foi a mentalidade vencedora. “Sinceramente, nosso grupo era muito confiante desde o início. Antes de começar o campeonato, no primeiro contato que tivemos, falamos sobre título, já almejávamos a conquista, e, de forma natural, com muito trabalho, acabou acontecendo”, declara.
Carlos Manuel também viu durante todo o campeonato um time persistente dentro de campo, que não desistiu jamais. “Um elenco trabalhador, com muita fome de conquistas, com um clima muito leve e agradável no dia a dia. Todas as pessoas envolvidas tinham o mesmo foco. Vejo que esses foram fatores preponderantes para o nosso título”, declarou.
O jogador falou ainda do técnico Moisés Egert e do presidente Matheus Bonassi, que também têm parcela muito importante na conquista. O primeiro por liderar a equipe e o segundo por dar toda a retaguarda para a tranquilidade do grupo. “São os pilares de tudo isso. Os dois mereciam muito tudo isso. São dois caras de verdade, trabalhadores. O que eles fizeram foi admirável. Eu fiquei muito feliz por ter participado e de ter o privilégio de trabalhar com eles”, afirma.
Sobre a torcida, Carlos Manuel é só elogios. Ficou encantado em ver o Barão lotado a partir do “mata-mata” e acredita que essa força externa foi fundamental para a arrancada para o tricampeonato. “O torcedor, desde o início, foi o nosso 12° jogador. Ter a torcida ao nosso lado foi fundamental. Para nós, jogar com a casa cheia faz toda a diferença. Foi muito especial para nós, ver o nosso torcedor fazendo fila já de manhã. Foi um combustível a mais, sem dúvidas”, entende.
Além do Galo mineiro (2012/2020), o capitão quinzista de 25 anos atuou ainda por Aymorés/MG (2021), Contagem/MG (2021 e 2022), Penapolense/SP (2022), Serra Branca/PB (2023), Botafogo/SP (2023/2024) e Velo Clube/SP (2025). Mas nada comparável ao que viveu com a camisa zebrada: “Foi o principal título da minha carreira, pelo fato de eu ter sido o capitão e ter tido o privilégio de levantar a taça, e por ter sido o primeiro como profissional”. Veja, abaixo, os trechos principais da entrevista:
Carlos Manuel, você foi o capitão na histórica conquista do tricampeonato do XV na Copa Paulista. Queria que falasse do sentimento que teve neste momento único de erguer essa taça... É um sentimento especial, um momento único, como você mesmo mencionou. Poder ter a confiança de todos e a responsabilidade de representar tanta gente, é uma alegria que não cabe no peito.
Como um dos mais experientes do elenco, na sua opinião, quais firam os fatores que contribuíram para a conquista? O que esse grupo tem de especial? Acredito que muito se deve à união do nosso elenco. Um elenco trabalhador, com muita fome de conquistas, com um clima muito leve e agradável no dia a dia. Todas as pessoas envolvidas tinham o mesmo foco. Vejo que esses foram fatores preponderantes para o nosso título.
Faça uma análise de toda a campanha. O XV foi a melhor equipe ao longo da competição e, de forma justa, levantou a taça, não? Realmente, a nossa campanha foi muito sólida. Em momento algum da competição nos acomodamos, sempre pensando jogo a jogo, estudando e trabalhando em cima dos adversários, da melhor maneira possível. Acho que foi justo sim, porque jogamos com grandes equipes, de muita qualidade, e conseguimos sair com resultados positivos.
Em qual momento da competição o grupo começou a pensar que poderia ganhar a Copa Paulista? Poderia citar um momento chave para essa conquista? Sinceramente, nosso grupo era muito confiante desde o início. Antes de começar o campeonato, no primeiro contato que tivemos, falamos sobre título, já almejávamos a conquista, e, de forma natural, com muito trabalho, acabou acontecendo.
Quando o técnico Moisés Egert te deu a faixa de capitão, você pensou que poderia liderar o time até essa conquista? Chegou a sonhar com momento vivido após a final, de erguer a taça? A princípio, eu fiquei muito feliz e honrado, uma por usar a faixa de capitão de um time tão grande e de muita tradição, e outra pelo fato da demonstração de confiança do professor em mim. Mas a liderança era muito compartilhada, tínhamos vários líderes dentro do nosso vestiário, e isso me ajudou muito. Com certeza, foi um momento mais que inesquecível, que eu sonhei e trabalhei durante muitos anos por isso.
Já imaginou que esse grupo fez história no XV? Se o Alvinegro conquistar o acesso na Série D, por exemplo, no ano que vem, todos vão lembrar que tudo começou com o título da Copa Paulista... Falávamos muito sobre isso, internamente, sobre o quão importante era fazer história no XV. Tentávamos visualizar o máximo possível isso. Melhor que ser lembrado é saber que o XV está de volta ao cenário nacional.
Queria que falasse de duas pessoas muito importantes nessa conquista: o técnico Moisés Egert, que vibrou como uma criança no momento do segundo gol; e o presidente Matheus Bonassi, que chorou copiosamente após o apito final. O que eles representam neste título? São os pilares de tudo isso. Os dois mereciam muito tudo isso. São dois caras de verdade, trabalhadores. O que eles fizeram foi admirável. Eu fiquei muito feliz por ter participado e de ter o privilégio de trabalhar com eles.
Com o tri, o XV se juntou ao Paulista como o maior campeão da Copa Paulista. Esse é outro feito para esse grupo, não acha? É um feito histórico. Isso, para o clube e para nós, é muito bom, porque podem passar vários anos, que continuaremos sendo lembrados. Nós conseguimos eternizar o nosso grupo, que era tão bom. Então, nós e os torcedores, lembraremos sempre com muito carinho, desse elenco e dessa conquista.
O torcedor fez uma linda festa na semifinal e na decisão. Queria que falasse da importância da torcida nesta campanha vitoriosa... O torcedor, desde o início, foi o nosso 12° jogador. Ter a torcida ao nosso lado foi fundamental. Para nós, jogar com a casa cheia faz toda a diferença. Foi muito especial para nós, ver o nosso torcedor fazendo fila já de manhã. Foi um combustível a mais, sem dúvidas.
A conquista da Copa Paulista, sendo capitão, foi o título mais importante da sua carreira? Com certeza, foi o principal título da minha carreira, pelo fato de eu ter sido o capitão e ter tido o privilégio de levantar a taça, e por ter sido o primeiro como profissional.
Pensando no futuro, pensa em ficar no XV para a Série A2 e Série D em 2026? Como estão as negociações? Essas questões eu deixo para os meus agentes e o pessoal responsável resolverem, mas para a Série A2 eu já tenho contrato e gostaria de cumprir.
Para as duas competições do ano que vem, você acha que o XV pode conquistar os dois acessos? O XV sempre vai buscar, e almeja chegar em todas as competições, mas é sempre jogo a jogo, passo a passo, com os pés no chão. Vamos trabalhar para estarmos o mais bem preparados possível.
O time partiu para um período de recesso agora. Quando voltará aos trabalhos já visando à temporada 2026? Nesta semana, fomos liberados para as férias, um período de descanso, bem merecido. A data exata da reapresentação ainda será definida, mas provavelmente retornaremos no meio de novembro, visando à temporada 2026.