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Troca da Placa Mercosul custa R$250; saiba quem precisa mudar

Por Da Redação |
| Tempo de leitura: 3 min
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O novo modelo de identificação veicular, conhecido como Placa Mercosul ou Placa de Identificação Veicular (PIV), já predomina nas ruas brasileiras com seu design branco e faixa azul. No entanto, a implementação do padrão, que inclui um QR Code e formato alfanumérico inédito, não exige a troca imediata da antiga placa cinza por todos os proprietários de veículos.

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As normas do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que entraram em vigor em outubro de 2025 e são aplicadas pelos Detrans estaduais, definem que a substituição é necessária apenas em casos específicos. A transição é gradual e busca atualizar o sistema de identificação sem gerar custos desnecessários para a frota já registrada.

Quando a troca da placa é obrigatória

A legislação estabelece que a substituição da placa cinza pela Placa Mercosul é compulsória nas seguintes circunstâncias:

  • Primeiro emplacamento: Veículos novos (0 km) já saem com o padrão Mercosul.
  • Transferência de propriedade: A troca é exigida na compra de um veículo usado que ainda utilize a placa cinza.
  • Mudança de município: O registro deve ser atualizado ao mudar o endereço de domicílio do proprietário para outra cidade.
  • Mudança de categoria: Veículos que alteram sua finalidade de uso (exemplo: de particular para táxi ou transporte por aplicativo).
  • Dano, furto ou ilegibilidade: Em caso de comprometimento da placa antiga.
  • Opção do proprietário: O motorista pode escolher voluntariamente adotar o novo modelo.

O que muda na nova placa

O novo formato alfanumérico consiste em quatro letras e três números (exemplo: BRA2E19), permitindo mais de 450 milhões de combinações.

As cores do texto indicam a categoria do veículo:

  • Preta: Veículos particulares.
  • Vermelha: Táxis, ônibus, vans escolares e autoescolas.
  • Azul: Carros oficiais do governo.
  • Verde: Veículos de teste ou montadoras.
  • Dourada: Veículos diplomáticos.
  • Prateada: Veículos de coleção.

Um componente de segurança é o QR Code, que permite o acesso a informações oficiais e auxilia no combate à clonagem. A placa também incorpora marca d’água e elimina o antigo lacre de chumbo.


Em São Paulo, o processo de substituição se inicia no Detran-SP, onde é emitido o novo Certificado de Registro de Veículo (CRV) com a combinação atualizada.

Após a emissão do documento, o motorista deve buscar uma estampadora credenciada pelo Detran para produzir e instalar a placa. O pagamento do serviço é feito diretamente a essa empresa, e os valores variam por localidade, seguindo o padrão técnico da Resolução CONTRAN nº 969/2022.

Motivos para a mudança


A transição para a Placa Mercosul foi implementada com três objetivos centrais. O primeiro é a Segurança e Combate à Fraude, onde o QR Code e a padronização dificultam fraudes e facilitam a verificação da autenticidade veicular. O segundo objetivo é a Integração Regional, já que o padrão facilita o tráfego e a cooperação entre os países membros do bloco, como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Por fim, a Expansão de Combinações foi necessária, pois o formato anterior estava próximo do limite em estados com grandes frotas, e o novo modelo oferece longevidade ao sistema. Dessa forma, a Placa Mercosul representa uma atualização no controle e na segurança veicular.


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Proprietários de veículos que ainda possuem a placa cinza podem manter o registro atual até que uma das situações de obrigatoriedade da troca ocorra.


Valores para a alteração

O preço da Placa Mercosul não é fixo e varia entre os estados e conforme o tipo de veículo. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu os seguintes valores máximos para a placa:

  • Carros: R$ 138,24
  • Motos: R$ 114,86

Na prática, os preços podem ser menores dependendo da concorrência local, pois o proprietário pode solicitar a troca diretamente às empresas estampadoras credenciadas pelo Detran.

É importante ressaltar que, além do custo da placa em si, o proprietário deve pagar a taxa de serviço do Detran, que geralmente varia entre R$ 50 e R$ 100.

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