A Justiça de São Paulo decidiu, durante audiência de custódia, manter a prisão preventiva da influenciadora digital Laís Moreira, conhecida como “Japa Lais”, de 29 anos, apontada como integrante de uma organização criminosa especializada em golpes virtuais.
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Segundo a Polícia Civil, o esquema utilizava vídeos falsos produzidos com inteligência artificial, nos quais celebridades como Gisele Bündchen, Juliette, Angélica e Sabrina Sato apareciam promovendo produtos inexistentes. As falsas propagandas ofereciam cosméticos, eletrônicos e até malas de viagem gratuitas, exigindo apenas o pagamento do frete via Pix.
A operação, que também prendeu a mãe da influenciadora e outros jovens, resultou na apreensão de um carro de luxo e três motocicletas de alto valor em um condomínio de alto padrão no bairro Pompéia, em Piracicaba.
As investigações apontam movimentações financeiras suspeitas que ultrapassam R$ 15 milhões em menos de um ano nas contas de Japa e de sua mãe. Nas redes sociais, onde soma mais de 120 mil seguidores, a influenciadora ostentava viagens, imóveis e veículos importados — prática que, segundo a polícia, funcionava como vitrine para atrair vítimas e dar credibilidade aos golpes.
A defesa de Japa alega que a prisão é “desproporcional e precoce” e que a influenciadora sempre se colocou à disposição para colaborar com as investigações. Os advogados também reclamam de não terem tido acesso integral à decisão judicial que decretou a prisão.
O caso segue sob investigação, e a Justiça deverá decidir nas próximas semanas se a influenciadora responderá em liberdade ou continuará presa até a conclusão do inquérito.